BlindWiki Brasil: Criação de Cartografia Sonora Colaborativa

Por: Renata Mello

Equipe da BlindWiki Brasil junto com os voluntários durante visita a Casa Modernista em São Paulo

PORTUGUÊS

A primeira edição do projeto BlindWiki Brasil ocorreu durante todo o mês de agosto nas cidades de São Paulo e Sorocaba, com recursos do PROAC – Programa de Ação Cultural São Paulo, tendo como lançamento oficial do projeto o dia 3 e encerramento no dia 26 na Unibes Cultural.

Durante 23 dias ocorreram 9 rotas culturais com o objetivo de convidar os participantes a desacelerarem do ritmo frenético de suas próprias cidades e passarem a sentir os espaços urbanos sob outros prismas. Os quase 100 voluntários puderam notar variados odores das ruas, apreender distintos ambientes sonoros, tecer novas histórias sobre territórios já conhecidos como a Avenida Paulista ou ainda pouco explorados como a primeira Casa Modernista do Brasil.

Os registros destas descobertas foram feitos através de áudios enviados diretamente no aplicativo gratuito BlindWiki, disponível para Android e IOS. Os resultados surpreendem pela diversidade de comentários tanto por pessoas com deficiência visual como videntes. É possível ouvir cada relato associado ao exato local da gravação, graças a um sistema de geolocalização.

Como resultado, gerou-se uma cartografia sonora colaborativa, na qual cada pessoa cadastrada no aplicativo, teve a liberdade de expressar seus pensamentos, impressões, dicas culturais e até reivindicar questões de acessibilidade, revelando informações do que não é visível na sociedade.

Mas afinal, o que é o projeto BlindWiki?

O projeto BlindWiki é uma obra de arte interativa e colaborativa criada pelo espanhol Antoni Abad, que coloca as pessoas com deficiência visual como protagonistas do processo de criação de cartografias sonoras colaborativas, mas não se restringe só a esse grupo. O importante é criar uma comunidade entre os participantes, que juntos gerem registros sonoros únicos que beneficiam todos os envolvidos.

Antoni já levou essa proposta artística para a Itália, Polônia, Austrália, Alemanha e agora o Brasil. O objetivo é deixar essa semente de construção coletiva em cada local por onde passa, na esperança de que esse exercício diário de registrar as percepções pessoais não cesse.

A permanência do projeto em cada país, depende da continuidade de cada voluntário. Antoni afirma que quanto mais gravações os colaboradores fizerem, mais agregador o aplicativo se torna. Espera-se que os brasileiros tomem gosto por registrar suas vivências e sigam postando suas contribuições na comunidade BlindWiki.

Para acompanhar as novidades do projeto é só acessar o site www.blind.wiki e seguir o @blindwikibr no Instagram.

Ficha técnica do projeto BlindWiki no Brasil – 1◦ edição

Artista: Antoni Abad

Curadoria: Bruna Battistini

Produção: Silvia Stecca

Comunicação: Moreno Mota

Redes sociais: Raffaella Braga

Assessoria de imprensa: Larissa Gallep

Coordenadores: Renata Lima de Mello e Audmara Veronese                            

Coordenador Rota Paulista: José Vicente de Paula

Coordenadora Rota Paulista: Margarete Jardim

Coordenador Rota Centro: Sidney Tobias

Assessoria Acessibilidade: Tuca Munhoz

Coordenador Técnico: Marta Lima Dias

Realização: Madrid Assessoria e Comunicação LTDA

Para saber mais do projeto:

Vídeo de Lançamento do Projeto no Brasil – https://youtu.be/O8uB-vGDS8s

Matéria da TVT – https://youtu.be/ywpr39Q56Qg

Folha de São Paulo – BlindWiki: App ajuda pessoas cegas a trocar impressões – 22/08/2022 – Cotidiano – Folha – https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/08/pessoas-com-deficiencia-visual-usam-aplicativo-para-fazer-mapa-sensorial-de-lugares-e-obras.shtml

Blog do Fotógrafo Teco Barbero – https://tecobarbero.blogspot.com/2022/08/teco-barbero-cobre-projeto-blind-wiki.html

Podcast Cegaiada 28: Blind Wiki Brasil – Entrevista com Renata Mello e Lilia Silva – https://youtu.be/MzWW_fX_RFI

Instagram da Renata Mello com imagens do projeto – @renatamello.blog

BlindWiki Brasil: Creación de Cartografía Sonora Colaborativa

Por: Renata Mello

ESPAÑOL

La primera edición del proyecto BlindWiki Brasil se realizó durante todo el mes de agosto en las ciudades de São Paulo y Sorocaba, con recursos del PROAC – Programa de Acción Cultural de São Paulo, con lanzamiento oficial del proyecto el día 3 y cierre el día 26 en Unibes Cultural.

Durante 23 días se llevaron a cabo 9 rutas culturales con el objetivo de invitar a los participantes a desacelerar el ritmo frenético de sus propias ciudades y empezar a sentir los espacios urbanos bajo diferentes prismas. Los cerca de 100 voluntarios pudieron percibir diferentes olores callejeros, apropriarse de diversos ambientes sonoros, hilvanar nuevas historias sobre territorios ya conocidos como la Avenida Paulista o aún poco explorados como la primera Casa Modernista de Brasil.

Los registros de estos hallazgos se realizaron a través de audios enviados directamente a la aplicación gratuita BlindWiki, disponible para Android e IOS. Los resultados sorprenden por la diversidad de comentarios tanto de personas con discapacidad visual como videntes. Es posible escuchar cada informe asociado a la ubicación exacta de la grabación, gracias a un sistema de geolocalización.

Como resultado se generó una cartografía sonora colaborativa, en la que cada persona registrada en la aplicación tuvo la libertad de expresar sus pensamientos, impresiones, tips culturales e incluso denunciar problemas de accesibilidad, revelando información que no es visible en la sociedad.

Pero, ¿qué es el proyecto BlindWiki?

El proyecto BlindWiki es una obra de arte interactiva y colaborativa creada por el artista español Antoni Abad, que sitúa a las personas con discapacidad visual como protagonistas en el proceso de creación de cartografías sonoras colaborativas, pero no se limita a este colectivo. Lo importante es crear una comunidad entre los participantes, quienes juntos generan grabaciones sonoras únicas que benefician a todos los involucrados.

Antoni ya ha llevado esta propuesta artística a Italia, Polonia, Australia, Alemania y ahora a Brasil. El objetivo es dejar esta semilla de construcción colectiva en cada lugar por donde pasa, con la esperanza de que este ejercicio diario de registro de percepciones personales no cese.

La permanencia del proyecto en cada país depende de la continuidad de cada voluntario. Antoni dice que cuantas más grabaciones hagan los colaboradores, más agregadora se vuelve la aplicación. Se espera que los brasileños disfruten registrando sus experiencias y continúen publicando sus contribuciones a la comunidad BlindWiki.

Para seguir las novedades del proyecto, basta con acceder al sitio web www.blind.wiki y seguir a @blindwikibr en Instagram.

Ficha técnica del proyecto BlindWiki en Brasil – 1ª edición

Artista: Antonio Abad

Curadora: Bruna Battistini

Productor: Silvia Stecca

Comunicación: Moreno Mota

Redes sociales: Raffaella Braga

Oficina de prensa: Larissa Gallep

Coordinadoras: Renata Lima de Mello y Audmara Veronese

Coordinador Ruta Paulista: José Vicente de Paula

Coordinadora Ruta Paulista: Margarete Jardim

Coordinador de la ruta del centro: Sidney Tobias

Asesor de accesibilidad: Tuca Munhoz

Coordinadora Técnica: Marta Lima Dias

Organiza: Madrid Assessoria e Comunicação LTDA

Para saber más sobre el proyecto:

Video de lanzamiento del proyecto en Brasil – https://youtu.be/O8uB-vGDS8s

Artículo TVT – https://youtu.be/ywpr39Q56Qg

Folha de São Paulo – BlindWiki: App ayuda a ciegos a intercambiar impresiones – 22/08/2022 – La vida cotidiana – Folha – https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/08/pessoas-com- deficiencia -aplicacion-de-uso-visual-para-hacer-mapa-sensorial-de-lugares-y-obras.shtml

Fotógrafo Teco Barbero Blog – https://tecobarbero.blogspot.com/2022/08/teco-barbero-cobre-projeto-blind-wiki.html

Podcast Cegaiada 28: Blind Wiki Brasil – Entrevista con Renata Mello e Lilia Silva – https://youtu.be/MzWW_fX_RFI

Instagram de Renata Mello con imágenes del proyecto – @renatamello.blog

Publicidade

Poesia: Caçador de Estrelas

Por: Renata Mello

Foto: Pixabay

PORTUGUÊS

Na imensidão da Via Láctea;
Seu olhar está sempre a viajar;
Sua busca é por estrelas;
Aquelas que brilham sem parar.

Em seu planeta pequenino;
Às vezes se sente menino;
Mas seu jeito curioso;
Nunca o deixa temeroso.

Quando a noite amadurece;
E o show de novas luzes aparece;
Seu espírito flutua;
Visitando até a Lua.

Mochileiro das Galáxias,
Recolhe brilhos estelares;
São luzes reluzentes;
Para seu amor, presentes.

ESPAÑOL

En la inmensidad de la Vía Láctea;
Su mirada siempre viaja;
Su búsqueda es de estrellas;
Aquellas que brillan sin parar.

En su planeta tan pequeñito;
A veces se siente un niñito;
Pero su forma de ser, curioso;
Nunca lo deja temeroso.

Cuando la noche madura;
Y el show de nuevas luces aparece;
Su espíritu flota;
Visitando incluso la Luna.

Mochilero de las Galaxias,
Recoge brillos estelares;
Son luces tan brillantes;
Para su amor, regalos.

Live: Cores na Arquitetura e na Moda

Por: Renata Mello

Live Cores na Arquitetura e na Moda

PORTUGUÊS

Quer aprender como usar de maneira acertada as cores na arquitetura e na moda? Então você não pode perder esse encontro!
Vamos viajar pelo universo das cores e os participantes levarão na bagagem muito conhecimento e ferramentas práticas para harmonizá-las no vestuário e dentro dos espaços residenciais.
Para participar basta entrar utilizando o link do Zoom no dia e e horário conforme abaixo:

Data: 02/07/2020
Horário da Espanha: 18hs às 19hs
Horário do Brasil: 13hs às 14hs
Canal: Zoom
https://bit.ly/coresnaarquitetura

Conheça a palestrante convidada:

A paulistana Renata Mello é gestora cultural, professora universitária e arquiteta especializada em cores e acessibilidade, com 19 anos de experiência profissional.
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2002, recebeu anos depois o título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma Instituição.
Nos anos de 2018 a 2020 residiu em Barcelona para realizar seu segundo mestrado em Gestão Cultural pela Universitat Internacional de Catalunya. Atualmente regressou a sua cidade natal para ministrar cursos e palestras sobre os campos da arte, arquitetura e administração. Em paralelo, escreve também sobre as novas tendências destes mercados no seu blog pessoal.

Blog: http://www.renatamello.blog
Instagram: @renatamello.blog

ESPAÑOL

¿Quiere aprender a usar los colores de manera adecuada en arquitectura y moda? ¡Así que no te puedes perder esta reunión!
Viajaremos por el universo de los colores y los participantes tomarán muchos conocimientos y herramientas prácticas en su equipaje para armonizarlos en la ropa y en los espacios residenciales.
Para participar, simplemente ingrese usando el enlace Zoom en el día y la hora como se muestra a continuación:
Fecha: 02 de Julio de 2020
Hora española: 6 p.m. a 7 p.m.
Hora de Brasil: 1 p.m. a 2 p.m.
Canal: Zoom
https://bit.ly/coresnaarquitetura

Conozca al oradora invitada:

Renata Mello de São Paulo es una gestora cultural, profesora universitaria y arquitecta especializada en colores y accesibilidad, con 19 años de experiencia profesional. Graduada en Arquitectura y Urbanismo por la Universidade Presbiteriana Mackenzie en 2002, recibió años más tarde el título de Master en Arquitectura y Urbanismo por la misma institución. En los años 2018 a 2020 residió en Barcelona para cursar su segundo máster en Gestión Cultural de la Universitat Internacional de Catalunya.
Actualmente, ha regresado a su ciudad natal para impartir cursos y conferencias sobre los campos del arte, la arquitectura y la administración. Paralelamente, también escribe sobre nuevas tendencias en estos mercados en su blog personal.

Blog: http://www.renatamello.blog
Instagram: @ renatamello.blog

Live: Tendências e Cores para 2020

Por: Renata Mello

Divulgaçao

PORTUGUÊS

Neste encontro, Renata conversará sobre as mudanças sociais, tecnológicas e artísticas e suas correlações sobre as cores tendências.

Live 29/04 às:
13:00hs – Brasil
18:00hs – Espanha
Instagram: @tamojuntonalive

Breve currículo

A paulistana Renata Mello é gestora cultural, professora universitária e arquiteta especializada em cores e acessibilidade, com 19 anos de experiência profissional. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2002, recebeu anos depois o título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma Instituição. Nos anos de 2018 a 2020 residiu em Barcelona para realizar seu segundo mestrado em Gestão Cultural pela Universitat Internacional de Catalunya.
Atualmente regressou a sua cidade natal para ministrar cursos e palestras sobre os campos da arte, arquitetura e administração. Em paralelo, escreve também sobre as novas tendências destes mercados no seu blog pessoal.

Blog: www.renatamello.blog
Instagram: @renatamello.blog

 

Live: Tendencias y colores para 2020

ESPAÑOL
En esta reunión, Renata hablará sobre los cambios sociales, tecnológicos y artísticos y sus correlaciones sobre los colores de tendencia.

En vivo el 29 de abril a las:
13: 00hs – Brasil
6:00 pm – España
Instagram: @tamojuntonalive

Breve currículum

Renata Mello de São Paulo es una gestora cultural, profesora universitaria y arquitecta especializada en colores y accesibilidad, con 19 años de experiencia profesional. Graduada en Arquitectura y Urbanismo por la Universidade Presbiteriana Mackenzie en 2002, recibió años más tarde el título de Master en Arquitectura y Urbanismo por la misma institución. En los años 2018 a 2020 residió en Barcelona para cursar su segundo máster en Gestión Cultural de la Universitat Internacional de Catalunya.
Actualmente, ha regresado a su ciudad natal para impartir cursos y conferencias sobre los campos del arte, la arquitectura y la administración. Paralelamente, también escribe sobre nuevas tendencias en estos mercados en su blog personal.

Blog: www.renatamello.blog
Instagram: @ renatamello.blog

A Ética morreu!?!

PORTUGUÊS

Por: Renata Mello

Em tempos acelerados
As cabeças anestesiadas
Os valores distorcidos
A Ética morreu!

Com muita pressão externa
E pouca conexão interna
A alma desequilibrou
A Ética morreu!

Quantos casos sociais 
De roubos e deslealdades
Normal!?! Como!?!
Normal! A Ética morreu!

Rouba-se trabalho escolar
Assume-se autoria inadequada de projeto
E a sociedade?
Normal! A Ética morreu!

Divulga-se gabarito de provas 
Chantagens por notas para passar
E a sociedade?
Normal! A Ética morreu!

Em provas anônimas 
Pressionam a revelação de autoria 
Trocam os resultados 
Normal! A Ética morreu!

O silêncio dos mais fracos
Fortalece o sistema corrompido
E a sociedade?
Normal! A Ética morreu!

Depois reclamam do governo!
Esquecem dos seus próprios deslizes!
A memória é fraca.
Normal! A Ética morreu!

Em dia cinzento 
Vela-se a morte da Ética 
Ao lado da despedida…
Uma flor! Símbolo de esperança.

Esperança por um novo mundo!
Do renascer da Ética 
Da transparência!
Da verdade!

Não! A ética não morrerá!
Ela deixa essa semente
Para que um dia…
Vire floresta!

 

ESPAÑOL

¡La ética murió!

Por: Renata Mello

En tiempos acelerados
Cabezas anestesiadas
Los valores distorsionados
¡La ética murió!

Con mucha presión externa
Y poca conexión interna
El alma desequilibrada
¡La ética murió!

Cuantos casos sociales
Robos y deslealtad
¡Normal! ¿Cómo?
¡Normal! ¡La ética murió!

El trabajo escolar es robado
Se asume la autoría inapropiada del proyecto.
¿Y la sociedad?
¡Normal! ¡La ética murió!

Se presentan las respuestas del examen escolar
Chantaje para pasar de año
¿Y la sociedad?
¡Normal! ¡La ética murió!

En pruebas anónimas
Presionan la divulgación de la autoría
Resultados son intercambiados
¡Normal! ¡La ética murió!

El silencio de los débiles
Fortalece el sistema corrupto.
¿Y la sociedad?
¡Normal! ¡La ética murió!

¡Entonces se quejan del gobierno!
¡Olvidan sus propios resbalones!
La memoria es débil.
¡Normal! ¡La ética murió!

En día gris
Se ve la muerte de la ética
Al lado de la despedida …
¡Una flor! Símbolo de esperanza

¡Esperanza de un nuevo mundo!
El renacimiento de la ética.
¡De la transparencia!
¡De la verdad!

¡No! ¡La ética no morirá!
Ella deja esta semilla
Esperando algún día…
¡Convertirse en bosque!

Intercâmbio em Barcelona (P2)

Por: Renata Mello

DSCN5122

Foto: Arquivo pessoal – Renata Mello, 2019

PORTUGUÊS

O ato de viajar sempre foi e será um convite para expandir horizontes, para sair da rotina diária e se aventurar em um mundo novo. Foi neste processo de descobertas que Renata se envolveu. Esta publicação apresenta a segunda parte dos desafios e conquistas vividos por ela, durante o intercâmbio em Barcelona que ocorreu entre outubro de 2018 a março de 2020. Leia a seguir o seu relato:

Eu gosto de dividir essa viagem em dois momentos. O primeiro marcado principalmente por um processo de adaptação cultural, somado aos estudos do mestrado e ao processo de autoconhecimento com a coach, que compreendeu entre outubro de 2018 a julho de 2019.

O segundo momento se iniciou em setembro de 2019, logo após um período de férias no Brasil. Meus objetivos eram de concluir o trabalho da coach, estudar espanhol, praticar esportes, buscar uma colocação profissional e de viajar pelo país.

Para que tudo isso fosse possível, precisei renovar minha autorização de permanência por mais um ano. Alterei meu visto de estudante para outro que me permitia buscar trabalho. Confesso que durante esse processo de atualização fiquei um pouco tensa. Eram tantos documentos para comprovar a minha sustentabilidade financeira, somado ao pagamento de inúmeras taxas, que me geraram um certo desgaste físico e emocional. Só quem já passou por isso, compreende essa angústia pré-visto.

Durante este processo, descobri que minha autorização de permanência na Espanha me enquadrava como profissional altamente qualificada e que só poderia atuar no setor Cultural, que era o que havia estudado nos últimos meses. Acrescido a esse “detalhe” que já me restringia profissionalmente, também não poderia ocupar a vaga laboral de nenhum espanhol. Enfim, as barreiras eram quase intransponíveis para o trabalho, mas segui com fé até o último dia. Infelizmente não encontrei uma maneira de me inserir regularmente no mercado profissional.

Posso dizer, que as regras para estrangeiros são realmente muito restritivas, principalmente quando você não possui um passaporte europeu. Ter uma boa qualificação profissional, não é o suficiente!

Paralelo aos trâmites consulares, atualizei meu currículo, me inscrevi na academia e no curso de espanhol. Essas foram as primeiras ações, assim que retornei. Queria criar uma rotina saudável! Passei a praticar esportes duas a três vezes na semana. Comecei a comprar alimentos sem agrotóxico e busquei cozinhar minha própria comida.

Até comprei panelas e um fogareiro para cozinhar no quarto. Exatamente isso! Minha casa era composta por um quarto, banheiro e uma pequena varanda. Não havia cozinha privativa, só uma coletiva no térreo. Por isso precisei criar uma cozinha móvel dentro do meu quarto para ter um pouco de qualidade alimentar. Mesmo com espaço bem restrito, eu amava o meu habitat. Saudades do meu quarto, o amado 422.

Para me incentivar na produção gastronômica, comprei uma panela de baixa pressão cor de rosa. Eu sou apaixonada por essa cor e toda vez que olhava minha panela colorida, ficava empolgada para cozinhar nela. Tive que adotar estratégias de psicologia comigo mesma e vi que funcionou superbem!

Outra decisão acertada foi ter me inscrito no curso de espanhol. A professora não queria me colocar na turma, dizendo que estava acima do nível básico 3, mas eu quis assim mesmo. Esse local não tinha cursos intermediários, mas era muito próximo da minha casa e pela praticidade resolvi frequentar as aulas.

Acho que esse foi um dos grandes presentes do intercâmbio. Comecei a estudar em uma classe com pessoas de vinte nacionalidades diferentes e conforme foi passando o tempo, me dei conta de que não havia muitas diferenças entre nós. Os sonhos, os medos, a ânsia de transformar o mundo eram pontos em comum. Eu confesso que fiquei maravilhada com essa descoberta de que não importava a origem, em essência éramos todos iguais. As fronteiras eram ilusórias.

Conheci pessoas incríveis nesta turma! Grande parte dos meus companheiros de estudo já haviam realizado inúmeras viagens pelo mundo ou mesmo já haviam morado em vários países. Por tais feitos, possuíam uma cabeça muito mais aberta a diversidade. Estavam mais conectadas as pessoas do que com uma nação em específica, se transformando em cidadãos do mundo. Como aprendi com essa rica experiência.

Outra surpresa positiva desta fase foi a de encontrar o “Grupo de Mulheres do Brasil em BCN”, associação destinada a apoiar as imigrantes brasileiras residentes na cidade e arredores. A base do trabalho era toda voluntária e cada uma se agrupava a partir de seus interesses e habilidades.

Logo me identifiquei com a proposta e me tornei uma delas. Junto com a Bruna, por exemplo, passei a liderar o comitê de cultura e pouco a pouco fomos organizando eventos e planejando as ações para 2020. Foi uma vivência maravilhosa e extremamente enriquecedora. Conheci mulheres incríveis!

Juntas, nos tornamos mais fortes! Começamos a crescer dentro da sociedade catalã através de importantes parcerias com empresas locais. Tudo isso em tão pouco tempo! Sinto muita alegria e satisfação por ter contribuído neste trabalho que tem como nobre propósito o de acolher e empoderar a imigrante brasileira, colocando-a como protagonista dentro de seu meio.

Além disso, ganhei mais presentes da vida. Fiz outras amizades especiais, tais como, com meus vizinhos de residência, com meu amigo gestor cultural do México, com meus companheiros do mestrado e seus namorados, com meu professor preferido do mestrado, com minhas amigas intelectuais brasileiras, entre tantos outros que me acolheram com palavras de amor e carinho, ou mesmo com um abraço sincero.

Outra coisa mágica que aconteceu neste período, foi o de reencontrar amigos muito antigos que fazia anos que não nos víamos. Foi o caso dos encontros históricos com a amiga venezuelana Manena, com o amigo mexicano, Juan Carlos e com o francês, companheiro de aventuras, Nicolas. Como poderia imaginar que Barcelona seria o ponto de convergência de tantas conexões afetivas!

Quantos milagres! Quantos presentes! Como não agradecer tudo isso! Obrigada ao universo por todas essas experiências que me enriqueceram a alma. Viver em Barcelona não foi fácil! Enfrentei inúmeros desafios internos e externos, mas evolui muito como pessoa. Me emocionei com a generosidade humana!

Também recebi visitas e conselhos de amigos queridos que já me conheciam de longa data. Como foi importante todas essas conexões! Meus amigos brasileiros também me acompanharam de perto. Mesmo estando longe fisicamente, não estava desconectada deles.

E minha família? Lógico que eles gostariam que eu não estivesse longe, mas eu não estava. Falava constantemente com eles por telefone em longas chamadas de vídeo. Acompanhava suas histórias e conquistas mesmo vivendo em outro país. Eu sei que para eles a minha ausência foi a mais difícil, mas eu precisava construir o meu caminho. Minha alma pedia expansão e eu segui esse chamado.

Alguns poderão me perguntar e o trabalho da coach? Você terminou? Eu concluí 85% do meu objetivo. Tive que efetuar uma pausa. Nem sempre foi possível permanecer em estado introspectivo. Necessitei agir em muitas circunstâncias externas e não podia seguir canalizando minha energia para dentro. Como os espanhóis diriam: Não passa nada!

Esse processo de autoconhecimento continua pela vida. Essa permanência em Barcelona fez parte de mais uma etapa nesta viagem! Não mencionei muito sobre as viagens físicas que realizei, pois elas formam parte deste cenário de tantos aprendizados.

E o futuro? Eu ainda não sei. Ficarei no Brasil? Morarei em outro país? Não estou preocupada com isso agora, sei que dia a dia me preparo para atuar neste novo mundo e irei para onde for necessário o meu trabalho.

Por fim, quero agradecer a você, leitor!

Obrigada por viajar comigo nesta história. Até a próxima!

Intercambio en Barcelona (P2)

Por: Renata Mello

ESPAÑOL

El acto de viajar siempre ha sido y será una invitación a expandir horizontes, salir de la rutina diaria y aventurarse en un mundo nuevo. Fue en este proceso de descubrimientos que Renata se involucró. Esta publicación presenta la segunda parte de los desafíos y logros experimentados por ella, durante el intercambio en Barcelona que tuvo lugar entre octubre de 2018 y marzo de 2020. Lea su historia a continuación:

Me gusta dividir este viaje en dos momentos. El primero estuvo marcado principalmente por un proceso de adaptación cultural, agregado a los estudios del máster y al proceso de autoconocimiento con la coach, que comprendió entre octubre de 2018 y julio de 2019.

El segundo momento comenzó en septiembre de 2019, justo después de unas vacaciones en Brasil. Mis objetivos eran completar el trabajo de coaching, estudiar español, practicar deportes, buscar una colocación profesional y viajar por el país.

Para que todo esto fuera posible, tuve que renovar mi autorización para quedarme por un año más. Cambié mi visa de estudiante por una que me permitiera buscar trabajo. Confieso que durante este proceso de actualización estaba un poco tensa. Había tantos documentos para demostrar mi sostenibilidad financiera, además del pago de numerosas tasas, lo que generó cierta tensión física y emocional. Solo aquellos que han pasado por esto, entienden esta angustia antes de obtener la vista.

Durante este proceso, descubrí que mi autorización para permanecer en España me clasificó como una profesional altamente calificada y que solo podía trabajar en el sector Cultural, que era lo que había estudiado en los últimos meses. Además de este “detalle” que ya me restringía profesionalmente, no podía ocupar la vacante de trabajo de ningún español. De todos modos, las barreras eran casi insuperables para el trabajo, pero seguí con fe hasta el último día. Desafortunadamente, no encontré una manera de ingresar al mercado profesional regularmente.

Puedo decir que las reglas para los extranjeros son en realidad muy estrictas, especialmente cuando no tienes un pasaporte europeo. ¡Tener una buena calificación profesional no es suficiente!

Paralelo a los procedimientos consulares, actualicé mi currículo, me inscribí en la academia y en el curso de español. Esas fueron las primeras acciones, así que regresé. ¡Quería crear una rutina saludable! Empecé a practicar deportes dos o tres veces por semana. Comencé a comprar alimentos sin pesticidas e intenté cocinar mi propia comida.

Incluso compré ollas y sartenes para cocinar en la habitación. ¡Exactamente eso! Mi casa constaba de un dormitorio, baño y un pequeño balcón. No había cocina privada, solo una colectiva en la planta baja. Así que tuve que crear una cocina móvil dentro de mi habitación para tener algo de calidad alimentaria. Incluso con espacio limitado, me encantaba mi hábitat. Echo de menos mi habitación, la amada 422.

Para animarme en la producción gastronómica, compré una olla rosa de baja presión. Me encanta este color y cada vez que miraba mi olla de color, me invitaba cocinar en ella. ¡Tuve que adoptar estrategias de psicología conmigo misma y vi que funcionó de manera excelente!

Otra decisión correcta fue inscribirse en el curso de español. La profesora no quería ponerme en la clase, diciendo que estaba por encima del nivel básico 3, pero yo dice que quería de todos modos. Este lugar no tenía cursos intermedios, pero estaba muy cerca de mi casa y por razones prácticas decidí asistir a clases.

Creo que ese fue uno de los grandes regalos del intercambio. Comencé a estudiar en una clase con personas de veinte nacionalidades diferentes y, con el tiempo, me di cuenta de que no había muchas diferencias entre nosotros. Los sueños, los miedos, la necesidad de transformar el mundo eran puntos comunes. Confieso que estaba encantada con este descubrimiento de que no importaba de dónde viniéramos, en esencia todos éramos iguales. Las fronteras eran ilusorias.

¡Conocí gente increíble en esta clase! La mayoría de mis compañeros de estudios ya habían realizado numerosos viajes alrededor del mundo o incluso vivido en varios países. Para tales logros, tenían una mente mucho más abierta a la diversidad. Ellos estaban más conectados con la gente que con una nación específica, convirtiéndose en ciudadanos del mundo. Como aprendí de esta rica experiencia.

Otra sorpresa positiva de esta fase fue encontrar el “Grupo de Mulheres do Brasil em BCN”, una asociación diseñada para apoyar a las inmigrantes brasileñas que viven en la ciudad y sus alrededores. La base del trabajo era voluntaria y cada persona se agrupaba frente a sus grupos de intereses y habilidades.

Luego me identifiqué con la propuesta y pronto me convertí en una de ellas. Junto con Bruna, por ejemplo, comencé a dirigir el comité de cultura y poco a poco fuimos organizando eventos y planificando acciones para 2020. Fue una experiencia maravillosa y extremadamente enriquecedora. ¡Conocí mujeres increíbles!

¡Juntos, nos hacemos más fuertes! Comenzamos a crecer dentro de la sociedad catalana a través de importantes asociaciones con empresas locales. ¡Todo esto en tan poco tiempo! Siento mucha alegría y satisfacción por haber contribuido a este trabajo, cuyo noble propósito es acoger y empoderar a las inmigrantes brasileñas, colocándolas como protagonistas dentro de su entorno.

Además, recibí más regalos de la vida. Hice otras amistades especiales, como, con mis vecinos de residencia, con mi amigo gestor cultural de México, con mis compañeros en la maestría y sus novios, con mi profesor favorito del máster, con mis amigas intelectuales brasileñas, entre muchos otros que me dieron la bienvenida, con palabras de amor y cariño, o incluso con un abrazo sincero.

Otra cosa mágica que sucedió durante este período fue encontrarse con viejos amigos que no se habían visto en años. Este fue el caso de encuentros históricos con la amiga venezolana Manena, con el amigo mexicano Juan Carlos y con el francés, compañero de aventuras, Nicolas. ¡Cómo podría imaginar que Barcelona sería el punto focal de tantas conexiones afectivas!

¡Cuántos milagros! ¡Cuántos regalos! ¡Cómo no agradecer todo esto! Gracias al universo por todas estas experiencias que han enriquecido mi alma. ¡Vivir en Barcelona no fue fácil! Enfrenté innumerables desafíos internos y externos, pero evolucioné mucho como persona. ¡Me conmovió la generosidad humana!

También recibí visitas y consejos de queridos amigos que me conocían desde hace mucho tiempo. ¡Qué importantes fueron todas estas conexiones! Mis amigos brasileños también me siguieron de cerca. Aunque estaba físicamente lejos, no estaba desconectado de ellos.

¿Y mi familia? Por supuesto, desearían que no estuviera lejos, pero no lo estaba. Constantemente hablaba con ellos por teléfono durante largas videollamadas. Yo seguí sus historias y logros a pesar de que vivía en otro país. Sé que mi ausencia fue la más difícil para ellos, pero necesitaba abrirme camino. Mi alma pidió expansión y seguí esa llamada.

Algunos de vosotros podrían preguntarme sobre el trabajo de autoconocimiento con la coach. ¿Tu terminaste? Completé el 85% de mi objetivo. Tuve que tomar un descanso. No siempre fue posible permanecer en un estado introspectivo. Necesitaba actuar en muchas circunstancias externas y no podía continuar canalizando mi energía hacia adentro. Como dirían los españoles: ¡no pasa nada!

Este proceso de autoconocimiento continuará durante toda la vida. ¡Esta estancia en Barcelona fue parte de este viaje! No mencioné mucho sobre los viajes físicos que hice, ya que son parte de este escenario de tantos aprendizajes.

¿Y el futuro? Todavía no lo sé. ¿Me quedaré en Brasil? ¿Viviré en otro país? No estoy preocupada con eso ahora, sé que día a día me estoy preparando para actuar en este nuevo mundo e iré a donde se necesita mi trabajo.

¡Finalmente, quiero agradecerle, lector!

Gracias por viajar conmigo en esta historia. ¡Hasta la próxima!

Intercâmbio em Barcelona (P1)

Por: Renata Mello

DSCN0825

Foto: Arquivo pessoal – Renata Mello, 2019

PORTUGUÊS

Morar temporariamente em outro país é o desejo recorrente de muitas pessoas. As razões são diversas, dentre elas, o de imergir em uma nova cultura, o de aprender um novo idioma, o de conhecer pessoas, o de realizar um curso de aperfeiçoamento ou de viver tudo isso simultaneamente.

Recentemente, a autora deste blog vivenciou essa experiencia e descreverá em primeira pessoa, suas vivencias e aprendizados em dois posts! O primeiro relato pode ser conferido a seguir:

O sonho de realizar um intercâmbio surgiu próximo aos meus vinte e poucos anos, mas devido a alguns compromissos familiares teve que ser adiado. A ideia original era estudar inglês em Londres.

Os anos passaram e esse desejo parecia cada vez mais impossível. Eu vivia trabalhando intensamente, me dividindo entre projetos de arquitetura, acompanhamentos de obra somados a ministrar algumas disciplinas na faculdade de arquitetura e design de interiores.

Eu estava muito contente com minha louca rotina, principalmente com a docência. Ficava maravilhada com o progresso dos meus alunos. Acho que era uma professora apaixonada! Não media esforços para que eles aprendessem e saíssem das minhas aulas empoderados para atuarem no mercado de trabalho.

Durante esse período que atuei como docente, me transformei internamente. A disciplina na qual ensinava sobre o universo das cores, mexeu comigo. Despertou antigos interesses que estavam adormecidos. Eu precisava fazer algo!

Na época eu fazia terapia e minha psicóloga me disse: “Por que não retoma seu sonho de desbravar o mundo e de ter contato com o universo cultural?”. Na hora fiquei espantada e depois segui pensativa. Imaginava que não tinha mais idade para isso e ela me incentivou dizendo que não havia idade adequada para realizar sonhos.

Durante três anos fiquei germinando essa ideia. Pensei em morar no Canadá para estudar inglês, mas desisti. Depois surgiu a possibilidade de estudar um segundo mestrado e eu embarquei por esse caminho.

Então, escolhi estudar Gestão Cultural na cidade que sempre me encantou, Barcelona. Era uma relação antiga de amor que nasceu em 2002 e desde o primeiro contato com a cidade, fiquei com o desejo de morar neste lugar. Como poderia imaginar que anos depois eu estaria diariamente circulando por suas ruas, desfrutando da gastronomia mediterrânea e de outras particularidades da cultura catalã.

O intercâmbio efetivamente começou depois que passei no processo seletivo para realizar um mestrado universitário. Em primeiro de outubro de 2019, cheguei sozinha a Barcelona. Nessa ocasião, sabia somente que estava matriculada na Universidade, porém não conhecia ninguém e tampouco tinha casa para morar. Os primeiros dias me hospedei em um hotel.

Pouco tempo depois, as aulas começaram em meio a busca por residência, regularização de visto e outras questões burocráticas de base. Quanta alegria, euforia e esperança misturada a incertezas.

O primeiro mês mudei de casa cinco vezes, até me fixar em uma residência de estudantes na qual permaneci até o final da minha experiencia. Os primeiros trinta dias foram tão intensos que nem senti muito bem o que estava acontecendo.

Na Universidade o espírito era de muita alegria, pois todos estavam realizando o sonho da pós-graduação. Havia alunos de diversas partes do mundo, principalmente originários da América Latina. O clima era de puro intercâmbio cultural!

Paralelo a essa atmosfera de descontração, residia em mim um certo temor em relação a conseguir realizar um mestrado em espanhol. Eu havia estudado o idioma entre meus 22 e 24 anos e naquele momento estava com 38. É fato que já não me recordava de muitas estruturas gramaticais.

Para superar esse desafio, tive que estudar MUITO! Passei inúmeros finais de semana estudando os novos conteúdos e em como poderia escrever essas informações em espanhol.  Meus cadernos sempre estavam em português e depois tinha que traduzi-los. O desafio foi em dobro.

O segundo mês do intercambio foi um dos mais difíceis, pois neste momento percebi efetivamente a mudança. Literalmente a “ficha caiu”! Sentia muita falta da família, dos amigos e do feijão. Exatamente como você está lendo, eu senti saudades do feijão. Isso foi bastante curioso, uma vez que no Brasil eu não era uma consumidora assídua. No início não sentia muita familiaridade com a comida e isso me deixava bastante abalada. Chorava muito!

O tempo passou e pouco a pouco fui me adaptando a nova realidade. O desconhecido se tornou amigável e encantador. Conheci novos lugares e pessoas e comecei a construir histórias afetivas.

Na faculdade, a euforia inicial passou e a seriedade tomou conta dos companheiros de estudo. Cada um tentou fazer da melhor forma seus trabalhos e ainda alguns tentaram conciliar com os estágios.

Naquele momento, optei em realizar posteriormente essa experiencia laboral, pois já era desafio suficiente estudar uma nova área em outro idioma. No final, acabei validando meu estágio com atuações profissionais anteriores e passei satisfatoriamente nesta disciplina.

Paralelo ao mestrado também optei em realizar um processo profundo de autoconhecimento, assessorado por uma profissional especializada que atendia aos alunos da Universidade. Quantos desafios enfrentei nesta viagem interior!

Meses depois, entrei em uma crise profunda. Minha avó paterna faleceu e eu não pude retornar ao Brasil. Neste momento lembranças do passado se somaram a esse fato e eu entrei em colapso. Anos atrás, em meu primeiro mestrado, perdi meus avós maternos e meu pai. Agora estudando novamente, sofria outra perda importante.

Graças ao apoio da minha coach e seus conselhos, pude reagir e após esse fato, resgatei toda a minha força para concluir o mestrado. Voltei com tudo! Não media esforços para obter excelentes resultados nos estudos e assim foi até o fim.

Neste processo reaprendi a ser aluna, depois de ter passado tantos anos como professora. Acredito que essa vivência também contribuirá para que futuramente eu seja uma docente ainda melhor.

Além disso, constato que esses nove meses de mestrado foram realmente de estudos intensos, reflexões pessoais e eventualmente alguns passeios para conhecer a cidade e outras regiões circundantes. Meu tempo de lazer era realmente muito escasso, mas eu não me arrependo das minhas escolhas.

Pessoalmente aprendi a importância de exercitar o perdão e a gratidão. De quão valido é viajar pela própria história e retirar o que não serve mais para que novos voos possam ser alçados futuramente. Como amadureci com todas essas reflexões!

Diferente dos meus companheiros de mestrado, optei em morar sozinha, justamente porque queria ter esse ganho interno, no qual pude chegar através de muito silencio e meditação.

Na reta final do mestrado, parei com esse processo introspectivo e foquei exclusivamente em terminar as disciplinas até o final de maio de 2019. Depois de muitas noites sem dormir, consegui atingir o objetivo. Com isso, iniciava uma nova etapa, a de realizar a dissertação.

Dia após dia, durante trinta dias, eu e meu companheiro de trabalho escrevíamos sem parar. Quantos debates para chegarmos a um trabalho completo e relevante para o campo da museologia e museografia. Eu fiquei muito orgulhosa com o resultado! A consagração veio com a apresentação final e com os comentários positivos recebidos pelos avaliadores. Enfim, nós tínhamos conseguido!

Em julho de 2019, recebi oficialmente o título de Mestre em Gestão Cultural!

Com essa conquista, encerrei a primeira fase do meu intercâmbio.

 

(Continua futuramente no post: “Intercâmbio em Barcelona (P2)”

 

Intercambio en Barcelona (P1)

Por: Renata Mello

ESPAÑOL

Vivir temporalmente en otro país es un deseo recurrente de muchas personas. Las razones son diversas, entre ellas, sumergirse en una nueva cultura, aprender un nuevo idioma, conocer gente, hacer un posgrado o vivirlo todo simultáneamente.

Recientemente, la autora de este blog vivió esta experiencia y describirá en primera persona sus experiencias y su aprendizaje en dos publicaciones. El primer informe se puede ver a continuación:

El sueño de hacer un intercambio se acercó a mis veinte años, pero debido a algunos compromisos familiares, tuvo que posponerse. La idea original era estudiar inglés en Londres.

Pasaron los años y ese deseo parecía cada vez más imposible. Siempre estaba trabajando intensamente, dividiéndome entre proyectos y monitoreo de trabajos de arquitectura, añadidos a la enseñanza de algunas asignaturas en la facultad de arquitectura y diseño de interiores.

Estaba muy contenta con mi rutina loca, especialmente con la enseñanza. Me quedaba sorprendida con el progreso de mis alumnos. ¡Creo que era una profesora apasionada! Yo hacia de todo para que aprendieran y dejaran mis clases capacitados para trabajar en el mercado laboral.

Durante este período que trabajé como profesora, me transformé internamente. La asignatura en la que enseñé sobre el universo de los colores me cambió. Despertó viejos intereses que estaban inactivos. ¡Necesitaba hacer algo!

En ese momento, estaba en terapia y mi psicóloga me dijo: “¿Por qué no reanudas tu sueño de explorar el mundo y tener contacto con el universo cultural?”. En ese momento me sorprendió y luego seguí pensativa. Pensé que estaba demasiada mayor para lograr este sueño y ella me animó diciendome que no había una edad adecuada para hacer realidad los sueños.

Esta idea germinó durante tres años. Pensé en vivir en Canadá para estudiar inglés, pero decidí no seguir este camino. Luego apareció la posibilidad de estudiar un segundo máster y embarqué en este camino.

Entonces, elegí estudiar Gestión Cultural en la ciudad que siempre me ha encantado, Barcelona. Era una antigua relación de amor que nació en 2002 y desde el primer contacto con la ciudad, me quedé con el deseo de vivir en este lugar. ¿Cómo podría imaginarme que años más tarde estaría caminando por sus calles todos los días, disfrutando de la cocina mediterránea y otras peculiaridades de la cultura catalana?

El intercambio en realidad empezó después de ingresar en el proceso de selección del master. El 1 de octubre de 2019, llegué a Barcelona solita. En ese momento, solo sabía que estaba inscrita en la Universidad, pero no conocía a nadie y ni siquiera tenía un hogar para vivir. Los primeros días me quedé en un hotel.

Poco después, las clases comenzaron en medio de la búsqueda de vivienda, regularización de visas y otros asuntos burocráticos básicos. Tanta alegría, euforia y esperanza mezcladas con incertidumbre.

El primer mes me mudé a casa cinco veces, hasta que me instalé en una residencia de estudiantes donde me quedé hasta el final de mi experiencia. Los primeros treinta días fueron tan intensos que ni siquiera sentí muy bien lo que estaba pasando.

En la Universidad, el espíritu era muy alegre, ya que todos cumplían el sueño de hacer un posgrado. Había estudiantes de diferentes partes del mundo, principalmente de Latino America. ¡El ambiente era de puro intercambio cultural!

Paralelamente a este ambiente relajado, había un cierto miedo en mí para obtener un máster en español. Había estudiado el idioma entre mis 22 y 24 años y en ese momento tenía 38. Por eso, ya no me acordaba muchas estructuras gramaticales.

Para superar este desafío, tuve que estudiar MUCHO! Pasé innumerables fines de semana estudiando el nuevo contenido y cómo podría escribir esa información en español. Mis cuadernos siempre estaban en portugués y luego tuve que traducirlos. El desafío fue doble.

El segundo mes del intercambio fue uno de los más difíciles, porque en este momento realmente noté el cambio. Extrañaba mucho a mi familia, amigos y frijoles. ¡Si! Extrañé los frijoles. Esto fue bastante curioso, ya que en Brasil no era una consumidora habitual. Al principio no me sentía muy familiarizada con la comida y me dejó muy molesta. Lloré mucho!

Pasó el tiempo y poco a poco fui adaptandome a la nueva realidad. El extraño se volvió amigable y encantador. Conocí nuevos lugares y personas y comencé a construir historias afectivas.

En la universidad, la euforia inicial pasó y la seriedad se hizo cargo de los compañeros. Cada uno trató de hacer su trabajo de la mejor manera y aún algunos trataron de conciliar con las prácticas profesionales.

En ese momento, opté por llevar a cabo esta experiencia laboral más tarde, ya que era desafío suficiente estudiar una nueva área en otro idioma. Al final, terminé validando mis prácticas con actividades profesionales anteriores y pasé esta disciplina satisfactoriamente.

Paralelamente al máster, también opté por llevar a cabo un profundo proceso de autoconocimiento, asesorada por una profesional especializada que atendió a los estudiantes de la Universidad. ¡Cuántos desafíos enfrenté en este viaje interior!

Meses después, entré en una profunda crisis. Mi abuela paterna falleció y no pude regresar a Brasil. En ese momento, los recuerdos del pasado se sumaron a ese hecho y colapsé. Hace años, en mi primer máster, perdí a mis abuelos maternos y a mi padre. Ahora estudiando de nuevo, sufri otra pérdida importante.

Gracias al apoyo de mi coach y su consejo, pude reaccionar y después de eso, recuperé todas mis fuerzas para completar mi máster. Regresé con todo! Yo hice todo esfuerzo por obtener excelentes calificaciones en los estudios y así continuó hasta el final.

En este proceso aprendí a ser estudiante de nuevo, después de haber pasado tantos años como profesora. Creo que esta experiencia también contribuirá a hacerme una mejor profesional en el futuro.

Además, noto que estos nueve meses de máster fueron realmente de intensos estudios, reflexiones personales y hice también algunos viajes para conocer la ciudad y otras regiones circundantes. Mi tiempo libre era realmente escaso, pero no me arrepiento de mis elecciones.

Personalmente aprendí la importancia de ejercer el perdón y la gratitud. Cuán válido es viajar a través del su historia personal y eliminar lo que ya no sirve para poder tomar nuevos vuelos en el futuro. ¡Cómo maduré con todas estas reflexiones!

A diferencia de mis compañeros de máster, elegí vivir sola, precisamente porque quería tener este viaje de autoconocimiento, que pude alcanzar a través de mucho silencio y meditación.

En el tramo final de los estudios, detuve este proceso introspectivo y me concentré exclusivamente en terminar las asignaturas para fines de mayo de 2019. Después de muchas noches de insomnio, logré alcanzar la meta. Con eso, comenzó una nueva etapa, la de llevar a cabo la disertación.

Día tras día, durante treinta días, mi compañero de trabajo y yo escribimos sin parar. Cuántos debates para llegar a un trabajo completo y relevante para el campo de la museología y la museografía. ¡Estaba muy orgullosa del resultado! La consagración llegó con la presentación final y los comentarios positivos recibidos por los evaluadores. Habíamos superado con éxito este desafío.

¡En julio de 2019, recibí oficialmente el título de Máster en Gestión Cultural!

Con este logro, terminé la primera fase de mi intercambio.

(Continúa en el futuro post: “Intercambio en Barcelona (P2)”

Ser imigrante no século XXI

Por: Renata Mello

migration-3129340_1920

Imagem de Capri23auto por Pixabay

PORTUGUÊS

Viajar para terras distantes sempre foi uma prática humana, devido a necessidade de uma vida melhor, seja por fuga de um acidente natural, por guerras, por questões financeiras, por conquistas territoriais ou simplesmente pela curiosidade sobre o inusitado.

É certo que efetuar uma mudança geográfica ficou facilitada com a inserção de meios de transporte mais eficientes, como trens de alta velocidade e aviões. No entanto, dependendo da razão da viagem, nem sempre é possível chegar a nova terra almejada de maneira tranquila e confortável. De qualquer forma, sempre se exigiu muita coragem para se cruzar a fronteira do conhecido e se tornar um imigrante.

Ser um imigrante, dentro de uma visão poética, significa que seu coração se divide em dois territórios ou mais. Existe um forte amor pela terra natal e simultaneamente há uma outra parte afetiva que vai sendo construída neste novo lugar. Pouco a pouco a bagagem da partida contendo objetos e fotos que recordam a família e amigos se mesclam com outros elementos do novo mundo.

Viver em outro país sempre foi e será desafiador, pois se faz necessário deixar seu habitat confortável para se aventurar no desconhecido. Emoções como o medo e a euforia se mesclam constantemente. O porvir será auspicioso ou não, dependendo da sorte de cada um. No caminho haverá sempre pessoas que te apoiarão e outras que te desafiarão. De qualquer maneira, todas chegarão para te ensinar algo.

Nunca haverá uma idade adequada para passar por essa experiencia. Em qualquer fase da vida o desafio ocorrerá em menor ou maior grau. Nos primeiros anos de vida será mais fácil para se adaptar a vida local e apreender corretamente o idioma. Na juventude, o espírito estará mais aberto a romper com o estabelecido, podendo se tornar uma vantagem, mas também um perigo caso não possua uma base fortalecida de princípios.

Na fase adulta, às vezes, pode custar mais, pois já foram construídas algumas coisas na vida e os hábitos já foram consolidados. Em contrapartida, por haver mais maturidade é possível ganhar em experiencias mais profundas que podem transformar a alma. Tudo dependerá de cada pessoa.

Não importa a idade, sempre haverá ganhos e perdas. O velho território constantemente fica na memória enquanto o novo pouco a pouco vai presenteando amigos, te convidando a viver distintas experiencias e ampliando sua visão de mundo. Mesmo que um dia regresse, nunca mais será como antes.

Aprenderá também a encarar o preconceito! Infelizmente ele ainda existe e causa exclusões. As razões são diversas, seja pela raça, classe social, diferença cultural, enfim, um imigrante seguramente viverá em algum momento atos de preconceito e aprenderá a viver apesar disso.

Como benefício de todas essas vivencias receberá o fortalecimento do espírito e a expansão da consciência. Se estiver receptivo, poderá também descobrir um segredo escondido! Reconhecerá que todos os seres humanos são iguais, com sonhos e temores. Poderá entender que a divisão territorial é apenas uma ilusão e que para o amor entre as pessoas não existe fronteiras! Somos todos um!

Ser inmigrante en el siglo XXI

POR: Renata Mello

ESPAÑOL

Viajar a tierras lejanas siempre ha sido una práctica humana, debido a la necesidad de una vida mejor, ya sea por escapar de un accidente natural, guerras, problemas financieros, conquistas territoriales o simplemente por curiosidad sobre lo inusual.

Es cierto que hacer un cambio geográfico se hizo más fácil con la introducción de medios de transporte más eficientes, como los trenes de alta velocidad y los aviones. Sin embargo, dependiendo del motivo del viaje, no siempre es posible llegar a la nueva tierra deseada de una manera tranquila y cómoda. En cualquier caso, se necesitó mucho coraje para cruzar la frontera de lo conocido y convertirse en inmigrante.

Ser inmigrante, dentro de una visión poética, significa que su corazón está dividido en dos territorios o más. Hay un fuerte amor por la patria y al mismo tiempo hay otra parte afectiva que se está construyendo en este nuevo lugar. Poco a poco, el equipaje de salida que contiene objetos y fotos que recuerdan a familiares y amigos se mezcla con otros elementos del nuevo mundo.

Vivir en otro país siempre ha sido y será un desafío, ya que es necesario dejar su cómodo hábitat para aventurarse en lo desconocido. Emociones como el miedo y la euforia se mezclan constantemente. El futuro será auspicioso o no, dependiendo de la suerte de cada uno. En el camino siempre habrá personas que lo apoyarán y otros que lo desafiarán. De cualquier manera, todos vendrán a enseñarte algo.

Nunca habrá una edad adecuada para pasar por esta experiencia. En cualquier etapa de la vida, el desafío ocurrirá en mayor o menor grado. En los primeros años de vida será más fácil adaptarse a la vida local y aprender el idioma correctamente. En la juventud, el espíritu estará más abierto a romper con lo establecido, lo que puede convertirse en una ventaja, pero también en un peligro si no tiene una base de principios fortalecida.

En la edad adulta, a veces puede costar más, ya que algunas cosas ya fueron construidas  en la vida y los hábitos ya se consolidaron. Por otro lado, la persona con más madurez, puede obtener experiencias más profundas que llevan a transformación del alma. Todo dependerá de cada persona.

No importa la edad, siempre habrá ganancias y pérdidas. El antiguo territorio está constantemente en la memoria, mientras que el nuevo poco a poco está dando regalos como amigos, invitándolo a vivir diferentes experiencias y expandiendo su visión del mundo. Incluso si algún día regresa, nunca volverá a ser el mismo.

¡También aprenderás a enfrentar los prejuicios! Lamentablemente, todavía existe y causa exclusiones. Las razones son diversas, ya sea debido a la raza, clase social, diferencia cultural, en resumen, un inmigrante seguramente experimentará actos de prejuicio en algún momento y aprenderá a vivir a pesar de esto.

Como beneficio de todas estas experiencias, recibirás el fortalecimiento del espíritu y la expansión de la conciencia. Si eres receptivo, ¡también puedes descubrir un secreto oculto! Reconocerá que todos los seres humanos son iguales, con sueños y miedos. ¡Puedes entender que la división territorial es solo una ilusión y que para el amor entre las personas no hay fronteras! Todos somos uno!

Educação do futuro

Por Renata Mello

20200214_084944

PORTUGUÊS

Você já parou para pensar a respeito de como deveria ser a educação do futuro? Sobre qual seria a melhor forma de preparar as crianças e os adultos para as novas demandas da sociedade?

Nos próximos anos, as pessoas conviverão cada vez mais com sistemas computacionais inteligentes, onde máquinas poderão otimizar ações repetitivas do dia a dia, ou mesmo atuarem como secretárias virtuais em outras solicitações da jornada diária.

Além disso, o limite de tempo e espaço como se entende hoje se transformará devido a ultra mobilidade proporcionada pelos dispositivos eletrônicos. A realidade física e a virtual estarão cada vez mais interconectadas. 

Devido a tantas mudanças, paira no ar também um estado de insegurança e incertezas quanto ao futuro de algumas profissões e sobre como surfar bem nestas ondas de inovações.  

No campo da educação a reflexão consiste em: “Será que falar sobre matemática, biologia, química e outras áreas afins, serão as temáticas suficientes para enfrentar esta nova era?”  Renata, educadora universitária, acredita que não.

Então, como deveria ser a educação do futuro?

Para responder a essa pergunta, Renata visitou recentemente a escola rural L´Estany localizada no interior da Catalunha, Espanha. Essa escola foi escolhida por apresentar soluções inovadoras que tentam responder as estas novas demandas. Nela, os professores, os pais e os alunos co-criam diariamente, transformando o ato de aprender em um processo contínuo, beneficiando todos os envolvidos.

Existem três pilares chaves neste processo. O primeiro é que as pessoas sejam felizes, o segundo, que o aprendizado ocorra durante o desenvolvimento de projetos reais e por último que todos atuem em prol da comunidade. 

A revista escolar é um exemplo prático deste processo de ensino. Os alunos com idade até 12 anos, escrevem os artigos da revista e depois eles mesmos saem pela comunidade em busca de patrocínio e publicidade para viabilizar a publicação de cada exemplar. 

Essa dinâmica de trabalhar por projeto e com equipes de alunos de diversas idades, associada a parceria entre escola, pais e comunidade local, permite desenvolver indivíduos mais empoderados. Os pequenos são treinados desde cedo, a pensarem, planejarem e efetivarem seus projetos na vida real. 

Outro aspecto a destacar é que após cada atividade educativa, eles recebem três perguntas básicas: 

  • O que você fez?
  • O que aprendeu?
  • Como se sentiu?

Essa última pergunta exercita o aluno a expressar suas emoções de forma livre e sem julgamentos. Essa prática fortalece a inteligência emocional e permite que o indivíduo se posicione de forma mais transparente e verdadeira nos processos.

Outra característica inovadora consiste em reuniões diárias entre as crianças e os professores, as chamadas “assembleias”. Neste espaço todos tem direitos iguais para opinar e apresentar ideias destinadas a solucionar problemas ou tomar decisões relevantes que impactam no coletivo da escola.

Com todas essas iniciativas, as crianças vão progressivamente desenvolvendo diversas habilidades e competências para enfrentar qualquer tipo de situação no presente e no futuro. Espera-se com isso, formar seres humanos mais empoderados, críticos e conscientes de seus papéis como agentes transformadores de seu meio social.

Você conhece outras iniciativas? Compartilhe e enriqueça essa discussão!

Educacion del futuro

Por Renata Mello

ESPAÑOL

¿Alguna vez te has parado a pensar cómo debería ser la educación del futuro? ¿Cuál sería la mejor manera de preparar a niños y adultos para las nuevas demandas de la sociedad?

En los próximos años, las personas vivirán cada vez más con sistemas informáticos inteligentes, donde las máquinas podrán optimizar las acciones diarias repetitivas, o incluso actuar como secretarios virtuales en otras solicitudes del viaje diario.

Además, el límite de tiempo y espacio tal como se entiende hoy cambiará debido a la ultra movilidad proporcionada por los dispositivos electrónicos. La realidad física y virtual estará cada vez más interconectada.

Debido a tantos cambios, también existe un estado de inseguridad e incertidumbre sobre el futuro de algunas profesiones y sobre cómo navegar bien en estas oleadas de innovaciones.

En el campo de la educación, la reflexión consiste en: “¿Hablar de matemáticas, biología, química y otras áreas relacionadas será suficiente para enfrentar esta nueva era?” Renata, una educadora universitaria, cree que no.

Entonces, ¿cómo debería ser la educación del futuro?

Para responder a esta pregunta, Renata visitó recientemente la escuela rural L´Estany ubicada en el interior de Cataluña, España. Esta escuela fue elegida por presentar soluciones innovadoras que intentan responder a estas nuevas demandas. En él, maestros, padres y alumnos co-crean diariamente, transformando el acto de aprender en un proceso constante, beneficiando a todos los involucrados.

Hay tres pilares clave en este proceso. El primero es que las personas están felices, el segundo, que el aprendizaje ocurre durante el desarrollo de proyectos reales y, por último, que todos trabajan para la comunidad.

La revista escolar es un ejemplo práctico de este proceso de enseñanza. Los estudiantes de hasta 12 años escriben los artículos de la revista y luego salen a la comunidad en busca de patrocinio y publicidad para permitir la publicación de cada número.

Esta dinámica de trabajar por proyecto y con equipos de estudiantes de diferentes edades, asociada con la asociación entre la escuela, los padres y la comunidad local, permite desarrollar individuos más empoderados. Los más pequeños están entrenados desde una edad temprana para pensar, planificar y llevar a cabo sus proyectos en la vida real.

Otro aspecto a destacar es que después de cada actividad educativa, reciben tres preguntas básicas:

  • ¿Que hiciste?
  • ¿Que has aprendido?
  • ¿Como te sentiste?

Esta última pregunta ejercita al alumno para expresar sus emociones libremente y sin juzgar. Esta práctica fortalece la inteligencia emocional y permite al individuo posicionarse de manera más transparente y veraz en los procesos.

Otra característica innovadora consiste en reuniones diarias entre niños y maestros, las llamadas “asambleas”. En este espacio, todos tienen los mismos derechos para expresar opiniones y presentar ideas destinadas a resolver problemas o tomar decisiones relevantes que afecten al colectivo de la escuela.

Con todas estas iniciativas, los niños desarrollan progresivamente diferentes habilidades y competencias para enfrentar cualquier tipo de situación en el presente y en el futuro. Con esto, se espera formar seres humanos más empoderados, críticos y conscientes de sus roles como agentes que transforman su entorno social.

¿Conoces otras iniciativas? ¡Comparte y enriquece esta discusión!

 

Barcelona: Hospital Santa Creu i Sant Pau

Por: Renata Mello

PORTUGUÊS

Barcelona é uma cidade que possui muitas obras singulares da arquitetura mundial, tendo como destaque as instalações do antigo “Hospital Santa Creu i Sant Pau”. Esse local possui um impressionante conjunto arquitetônico idealizado originalmente por 48 pavilhões destinados a saúde, os quais foram projetados pelo arquiteto modernista catalão Lluís Domènech i Montaner no ano de 1901. Concretamente apenas 27 edifícios foram construídos entre 1902 a 1930, mas somente 16 seguiram o projeto original.

Montaner estudou o que havia de vanguarda para a época do ponto de vista médico, tecnológico e arquitetônico e propôs soluções espaciais que nasciam em função das necessidades humanas. Após um período de pesquisas, o arquiteto projetou edifícios com numerosas janelas, implantados estrategicamente no terreno segundo a importância de suas funções dentro do sistema hospitalar. Além disso, os prédios foram posicionados para facilitar a entrada de luz natural, a ventilação constante e permitir o contato visual entre o interior e o jardim proposto, criando uma atmosfera salubre. As soluções adotadas favoreciam a pronta recuperação dos pacientes e melhoravam as condições laborais dos médicos e demais trabalhadores.

Efetivamente as atividades do complexo se iniciaram em 1916 e foram até 2009, mas desde 1997 é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, transcendendo sua importância inicial. Atualmente o antigo “Hospital Santa Creu i Sant Pau” está aberto à visitação e convida aos amantes das artes e da boa arquitetura a desfrutar deste lugar que encanta os olhos e traz paz a alma.

A seguir encontra-se uma exposição fotográfica contendo imagens captadas por Renata Mello, durante visita realizada em setembro de 2019. Desfrutem!

Este slideshow necessita de JavaScript.

ESPAÑOL

Barcelona es una ciudad que tiene muchas obras únicas de arquitectura mundial, destacando las instalaciones del antiguo “Hospital Santa Creu i Sant Pau“. Este sitio tiene un impresionante conjunto arquitectónico diseñado originalmente por 48 pabellones de salud, que fueron diseñados por el arquitecto modernista catalán Lluís Domènech i Montaner en el año 1901. Específicamente, solo se construyeron 27 edificios entre 1902 y 1930, pero 16 siguieron el proyecto original.

Montaner estudió lo que estaba a la vanguardia de la época desde un punto de vista médico, tecnológico y arquitectónico, y propuso soluciones espaciales que nacieron en respuesta a las necesidades humanas. Después de un período de investigación, el arquitecto diseñó edificios con numerosas ventanas, ubicadas estratégicamente en el suelo de acuerdo con la importancia de sus funciones dentro del sistema hospitalario. Además, los edificios se colocaron para facilitar la entrada de luz natural, ventilación constante y permitir el contacto visual entre el interior y el jardín propuesto, creando una atmósfera saludable. Las soluciones adoptadas favorecieron la pronta recuperación de los pacientes y mejoraron las condiciones de trabajo de los médicos y otros trabajadores.

De hecho, las actividades del complejo comenzaron en 1916 y fueron hasta 2009, pero desde 1997 se considera Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO, trascendiendo su importancia inicial. Hoy en día, el antiguo “Hospital Santa Creu i Sant Pau” está abierto a los visitantes e invita a los amantes de las artes y la buena arquitectura a disfrutar de este lugar que deleita los ojos y trae paz al alma.

A continuación, se muestra una exposición fotográfica que contiene imágenes tomadas por Renata Mello durante una visita realizada en septiembre de 2019. ¡Disfruta!

Este slideshow necessita de JavaScript.