Museologia Viva e a Inteligência Artificial

Por: Renata Mello

PORTUGUÊS

O século XXI tem sido marcado por transformações profundas no modo de viver, trabalhar e conviver, motivados em grande parte pelo uso da tecnologia. As trocas de informações passaram a ficar intensas e aceleradas, potencializadas ainda mais com a chegada da inteligência artificial. Essas inovações trazem ganhos significativos, como a obtenção de respostas rápidas em sites de buscas dentro do mundo web. No entanto, o tempo para reflexões críticas sobre os dados obtidos não acompanham a mesma velocidade, podendo ser tornar um problema se não utilizados com consciência.

Outra mudança percebida com o uso da tecnologia está no intenso intercâmbio cultural entre indivíduos de territórios bem distintos, possibilitando inclusive, o trabalho remoto entre os agentes envolvidos desde que ambos estejam conectados a internet. Essa potencialidade abre inúmeras possibilidades e permite trocas sem fronteiras, mas este processo deve ser bem conduzido para não fragilizar saberes ancestrais que caracterizam a diversidade e as riquezas territoriais locais.

Diante desta realidade, os pesquisadores e gestores culturais, Renata Lima de Mello e Fernando Xavier Arteaga Pozo desenvolveram a dissertação de mestrado intitulada “Museologia Viva: Mediações do patrimônio com recursos inclusivos, participativos e multisensoriais” destacando que os museus possuem um papel estratégico neste processo, pois podem estimular a reflexão crítica e são espaços propícios na disseminação de particularidades culturais locais tão relevantes para a formação de identidades pessoais e coletivas.

Objetivando contribuir frente a estas novas demandas para o campo museal foi desenvolvido pesquisas profundas sobre o estado da arte e posteriormente desenvolvido o conceito de “Museologia Viva”, no qual o usuário é considerado o protagonista do processo. Nesta proposta adota-se recursos inclusivos, acessíveis e multisensoriais associados aos sistemas tecnológicos inteligentes ou mediados por seres humanos, com o intuito de apoiar nos processos de formação de conhecimento pautados por reflexões críticas. Somado a isso, foi identificado a necessidade destas instituições estarem mais próximas de suas comunidades, criando ações fora dos seus limites físicos, gerando com isso relações mais afetivas, significativas e construtivas com seus públicos.

O resultado completo desta pesquisa e suas aplicações estão disponibilizadas AQUI.

Nota: Essa dissertação de mestrado foi desenvolvida em 2019 para obtenção do título de Mestre em Gestão Cultural pela Universitat Internacional de Catalunya em Barcelona e obteve grande reconhecimento acadêmico.

ESPANHOL

Museología viva e Inteligencia Artificial

El siglo XXI se ha caracterizado por profundas transformaciones en nuestra forma de vivir, trabajar y socializar, impulsadas en gran medida por el uso de la tecnología. Los intercambios de información se han intensificado y acelerado, potenciados además por la llegada de la inteligencia artificial. Estas innovaciones aportan ventajas significativas, como la obtención de respuestas rápidas en los motores de búsqueda dentro del mundo web. Sin embargo, el tiempo de reflexión crítica sobre los datos obtenidos no sigue la misma velocidad, y puede convertirse en un problema si no se utiliza con conciencia.

Otro cambio que se percibe con el uso de la tecnología es el intenso intercambio cultural entre individuos de territorios muy diferentes, posibilitando incluso el trabajo a distancia entre los agentes implicados siempre que ambos estén conectados a internet. Este potencial abre innumerables posibilidades y permite intercambios sin fronteras, pero este proceso debe ser bien conducido para no debilitar los conocimientos ancestrales que caracterizan la diversidad y la riqueza territorial local.

Frente a esta realidad, los investigadores y gestores culturales, Renata Lima de Mello y Fernando Xavier Arteaga Pozo desarrollaron el trabajo final del máster titulado “Museología Viva: Mediaciones del patrimonio con recursos inclusivos, participativos y multisensoriales” destacando que los museos tienen un papel estratégico en este proceso, ya que pueden estimular la reflexión crítica y son espacios propicios en la difusión de las particularidades culturales locales tan relevantes para la formación de las identidades personales y colectivas.

Para contribuir a estas nuevas demandas para el campo museológico, se desarrolló una investigación en profundidad sobre el estado del arte y posteriormente se desarrolló el concepto de “Museología Viva”, en el que el usuario es considerado el protagonista del proceso. Esta propuesta adopta recursos inclusivos, accesibles y multisensoriales asociados a sistemas tecnológicos inteligentes o mediados por seres humanos, para apoyar los procesos de formación de conocimiento a partir de reflexiones críticas. Además, se identificó la necesidad de que estas instituciones estén más cerca de sus comunidades, creando acciones fuera de sus límites físicos, generando así relaciones más afectivas, significativas y constructivas con sus públicos.

Los resultados completos de esta investigación y sus aplicaciones están disponibles a continuación.

Nota: Este trabajo fue desarrollado en 2019 para la obtención del título de Máster en Gestión Cultural por la Universitat Internacional de Catalunya en Barcelona y obtuvo un gran reconocimiento académico.

Intercâmbio em Barcelona (P2)

Por: Renata Mello

DSCN5122

Foto: Arquivo pessoal – Renata Mello, 2019

PORTUGUÊS

O ato de viajar sempre foi e será um convite para expandir horizontes, para sair da rotina diária e se aventurar em um mundo novo. Foi neste processo de descobertas que Renata se envolveu. Esta publicação apresenta a segunda parte dos desafios e conquistas vividos por ela, durante o intercâmbio em Barcelona que ocorreu entre outubro de 2018 a março de 2020. Leia a seguir o seu relato:

Eu gosto de dividir essa viagem em dois momentos. O primeiro marcado principalmente por um processo de adaptação cultural, somado aos estudos do mestrado e ao processo de autoconhecimento com a coach, que compreendeu entre outubro de 2018 a julho de 2019.

O segundo momento se iniciou em setembro de 2019, logo após um período de férias no Brasil. Meus objetivos eram de concluir o trabalho da coach, estudar espanhol, praticar esportes, buscar uma colocação profissional e de viajar pelo país.

Para que tudo isso fosse possível, precisei renovar minha autorização de permanência por mais um ano. Alterei meu visto de estudante para outro que me permitia buscar trabalho. Confesso que durante esse processo de atualização fiquei um pouco tensa. Eram tantos documentos para comprovar a minha sustentabilidade financeira, somado ao pagamento de inúmeras taxas, que me geraram um certo desgaste físico e emocional. Só quem já passou por isso, compreende essa angústia pré-visto.

Durante este processo, descobri que minha autorização de permanência na Espanha me enquadrava como profissional altamente qualificada e que só poderia atuar no setor Cultural, que era o que havia estudado nos últimos meses. Acrescido a esse “detalhe” que já me restringia profissionalmente, também não poderia ocupar a vaga laboral de nenhum espanhol. Enfim, as barreiras eram quase intransponíveis para o trabalho, mas segui com fé até o último dia. Infelizmente não encontrei uma maneira de me inserir regularmente no mercado profissional.

Posso dizer, que as regras para estrangeiros são realmente muito restritivas, principalmente quando você não possui um passaporte europeu. Ter uma boa qualificação profissional, não é o suficiente!

Paralelo aos trâmites consulares, atualizei meu currículo, me inscrevi na academia e no curso de espanhol. Essas foram as primeiras ações, assim que retornei. Queria criar uma rotina saudável! Passei a praticar esportes duas a três vezes na semana. Comecei a comprar alimentos sem agrotóxico e busquei cozinhar minha própria comida.

Até comprei panelas e um fogareiro para cozinhar no quarto. Exatamente isso! Minha casa era composta por um quarto, banheiro e uma pequena varanda. Não havia cozinha privativa, só uma coletiva no térreo. Por isso precisei criar uma cozinha móvel dentro do meu quarto para ter um pouco de qualidade alimentar. Mesmo com espaço bem restrito, eu amava o meu habitat. Saudades do meu quarto, o amado 422.

Para me incentivar na produção gastronômica, comprei uma panela de baixa pressão cor de rosa. Eu sou apaixonada por essa cor e toda vez que olhava minha panela colorida, ficava empolgada para cozinhar nela. Tive que adotar estratégias de psicologia comigo mesma e vi que funcionou superbem!

Outra decisão acertada foi ter me inscrito no curso de espanhol. A professora não queria me colocar na turma, dizendo que estava acima do nível básico 3, mas eu quis assim mesmo. Esse local não tinha cursos intermediários, mas era muito próximo da minha casa e pela praticidade resolvi frequentar as aulas.

Acho que esse foi um dos grandes presentes do intercâmbio. Comecei a estudar em uma classe com pessoas de vinte nacionalidades diferentes e conforme foi passando o tempo, me dei conta de que não havia muitas diferenças entre nós. Os sonhos, os medos, a ânsia de transformar o mundo eram pontos em comum. Eu confesso que fiquei maravilhada com essa descoberta de que não importava a origem, em essência éramos todos iguais. As fronteiras eram ilusórias.

Conheci pessoas incríveis nesta turma! Grande parte dos meus companheiros de estudo já haviam realizado inúmeras viagens pelo mundo ou mesmo já haviam morado em vários países. Por tais feitos, possuíam uma cabeça muito mais aberta a diversidade. Estavam mais conectadas as pessoas do que com uma nação em específica, se transformando em cidadãos do mundo. Como aprendi com essa rica experiência.

Outra surpresa positiva desta fase foi a de encontrar o “Grupo de Mulheres do Brasil em BCN”, associação destinada a apoiar as imigrantes brasileiras residentes na cidade e arredores. A base do trabalho era toda voluntária e cada uma se agrupava a partir de seus interesses e habilidades.

Logo me identifiquei com a proposta e me tornei uma delas. Junto com a Bruna, por exemplo, passei a liderar o comitê de cultura e pouco a pouco fomos organizando eventos e planejando as ações para 2020. Foi uma vivência maravilhosa e extremamente enriquecedora. Conheci mulheres incríveis!

Juntas, nos tornamos mais fortes! Começamos a crescer dentro da sociedade catalã através de importantes parcerias com empresas locais. Tudo isso em tão pouco tempo! Sinto muita alegria e satisfação por ter contribuído neste trabalho que tem como nobre propósito o de acolher e empoderar a imigrante brasileira, colocando-a como protagonista dentro de seu meio.

Além disso, ganhei mais presentes da vida. Fiz outras amizades especiais, tais como, com meus vizinhos de residência, com meu amigo gestor cultural do México, com meus companheiros do mestrado e seus namorados, com meu professor preferido do mestrado, com minhas amigas intelectuais brasileiras, entre tantos outros que me acolheram com palavras de amor e carinho, ou mesmo com um abraço sincero.

Outra coisa mágica que aconteceu neste período, foi o de reencontrar amigos muito antigos que fazia anos que não nos víamos. Foi o caso dos encontros históricos com a amiga venezuelana Manena, com o amigo mexicano, Juan Carlos e com o francês, companheiro de aventuras, Nicolas. Como poderia imaginar que Barcelona seria o ponto de convergência de tantas conexões afetivas!

Quantos milagres! Quantos presentes! Como não agradecer tudo isso! Obrigada ao universo por todas essas experiências que me enriqueceram a alma. Viver em Barcelona não foi fácil! Enfrentei inúmeros desafios internos e externos, mas evolui muito como pessoa. Me emocionei com a generosidade humana!

Também recebi visitas e conselhos de amigos queridos que já me conheciam de longa data. Como foi importante todas essas conexões! Meus amigos brasileiros também me acompanharam de perto. Mesmo estando longe fisicamente, não estava desconectada deles.

E minha família? Lógico que eles gostariam que eu não estivesse longe, mas eu não estava. Falava constantemente com eles por telefone em longas chamadas de vídeo. Acompanhava suas histórias e conquistas mesmo vivendo em outro país. Eu sei que para eles a minha ausência foi a mais difícil, mas eu precisava construir o meu caminho. Minha alma pedia expansão e eu segui esse chamado.

Alguns poderão me perguntar e o trabalho da coach? Você terminou? Eu concluí 85% do meu objetivo. Tive que efetuar uma pausa. Nem sempre foi possível permanecer em estado introspectivo. Necessitei agir em muitas circunstâncias externas e não podia seguir canalizando minha energia para dentro. Como os espanhóis diriam: Não passa nada!

Esse processo de autoconhecimento continua pela vida. Essa permanência em Barcelona fez parte de mais uma etapa nesta viagem! Não mencionei muito sobre as viagens físicas que realizei, pois elas formam parte deste cenário de tantos aprendizados.

E o futuro? Eu ainda não sei. Ficarei no Brasil? Morarei em outro país? Não estou preocupada com isso agora, sei que dia a dia me preparo para atuar neste novo mundo e irei para onde for necessário o meu trabalho.

Por fim, quero agradecer a você, leitor!

Obrigada por viajar comigo nesta história. Até a próxima!

Intercambio en Barcelona (P2)

Por: Renata Mello

ESPAÑOL

El acto de viajar siempre ha sido y será una invitación a expandir horizontes, salir de la rutina diaria y aventurarse en un mundo nuevo. Fue en este proceso de descubrimientos que Renata se involucró. Esta publicación presenta la segunda parte de los desafíos y logros experimentados por ella, durante el intercambio en Barcelona que tuvo lugar entre octubre de 2018 y marzo de 2020. Lea su historia a continuación:

Me gusta dividir este viaje en dos momentos. El primero estuvo marcado principalmente por un proceso de adaptación cultural, agregado a los estudios del máster y al proceso de autoconocimiento con la coach, que comprendió entre octubre de 2018 y julio de 2019.

El segundo momento comenzó en septiembre de 2019, justo después de unas vacaciones en Brasil. Mis objetivos eran completar el trabajo de coaching, estudiar español, practicar deportes, buscar una colocación profesional y viajar por el país.

Para que todo esto fuera posible, tuve que renovar mi autorización para quedarme por un año más. Cambié mi visa de estudiante por una que me permitiera buscar trabajo. Confieso que durante este proceso de actualización estaba un poco tensa. Había tantos documentos para demostrar mi sostenibilidad financiera, además del pago de numerosas tasas, lo que generó cierta tensión física y emocional. Solo aquellos que han pasado por esto, entienden esta angustia antes de obtener la vista.

Durante este proceso, descubrí que mi autorización para permanecer en España me clasificó como una profesional altamente calificada y que solo podía trabajar en el sector Cultural, que era lo que había estudiado en los últimos meses. Además de este “detalle” que ya me restringía profesionalmente, no podía ocupar la vacante de trabajo de ningún español. De todos modos, las barreras eran casi insuperables para el trabajo, pero seguí con fe hasta el último día. Desafortunadamente, no encontré una manera de ingresar al mercado profesional regularmente.

Puedo decir que las reglas para los extranjeros son en realidad muy estrictas, especialmente cuando no tienes un pasaporte europeo. ¡Tener una buena calificación profesional no es suficiente!

Paralelo a los procedimientos consulares, actualicé mi currículo, me inscribí en la academia y en el curso de español. Esas fueron las primeras acciones, así que regresé. ¡Quería crear una rutina saludable! Empecé a practicar deportes dos o tres veces por semana. Comencé a comprar alimentos sin pesticidas e intenté cocinar mi propia comida.

Incluso compré ollas y sartenes para cocinar en la habitación. ¡Exactamente eso! Mi casa constaba de un dormitorio, baño y un pequeño balcón. No había cocina privada, solo una colectiva en la planta baja. Así que tuve que crear una cocina móvil dentro de mi habitación para tener algo de calidad alimentaria. Incluso con espacio limitado, me encantaba mi hábitat. Echo de menos mi habitación, la amada 422.

Para animarme en la producción gastronómica, compré una olla rosa de baja presión. Me encanta este color y cada vez que miraba mi olla de color, me invitaba cocinar en ella. ¡Tuve que adoptar estrategias de psicología conmigo misma y vi que funcionó de manera excelente!

Otra decisión correcta fue inscribirse en el curso de español. La profesora no quería ponerme en la clase, diciendo que estaba por encima del nivel básico 3, pero yo dice que quería de todos modos. Este lugar no tenía cursos intermedios, pero estaba muy cerca de mi casa y por razones prácticas decidí asistir a clases.

Creo que ese fue uno de los grandes regalos del intercambio. Comencé a estudiar en una clase con personas de veinte nacionalidades diferentes y, con el tiempo, me di cuenta de que no había muchas diferencias entre nosotros. Los sueños, los miedos, la necesidad de transformar el mundo eran puntos comunes. Confieso que estaba encantada con este descubrimiento de que no importaba de dónde viniéramos, en esencia todos éramos iguales. Las fronteras eran ilusorias.

¡Conocí gente increíble en esta clase! La mayoría de mis compañeros de estudios ya habían realizado numerosos viajes alrededor del mundo o incluso vivido en varios países. Para tales logros, tenían una mente mucho más abierta a la diversidad. Ellos estaban más conectados con la gente que con una nación específica, convirtiéndose en ciudadanos del mundo. Como aprendí de esta rica experiencia.

Otra sorpresa positiva de esta fase fue encontrar el “Grupo de Mulheres do Brasil em BCN”, una asociación diseñada para apoyar a las inmigrantes brasileñas que viven en la ciudad y sus alrededores. La base del trabajo era voluntaria y cada persona se agrupaba frente a sus grupos de intereses y habilidades.

Luego me identifiqué con la propuesta y pronto me convertí en una de ellas. Junto con Bruna, por ejemplo, comencé a dirigir el comité de cultura y poco a poco fuimos organizando eventos y planificando acciones para 2020. Fue una experiencia maravillosa y extremadamente enriquecedora. ¡Conocí mujeres increíbles!

¡Juntos, nos hacemos más fuertes! Comenzamos a crecer dentro de la sociedad catalana a través de importantes asociaciones con empresas locales. ¡Todo esto en tan poco tiempo! Siento mucha alegría y satisfacción por haber contribuido a este trabajo, cuyo noble propósito es acoger y empoderar a las inmigrantes brasileñas, colocándolas como protagonistas dentro de su entorno.

Además, recibí más regalos de la vida. Hice otras amistades especiales, como, con mis vecinos de residencia, con mi amigo gestor cultural de México, con mis compañeros en la maestría y sus novios, con mi profesor favorito del máster, con mis amigas intelectuales brasileñas, entre muchos otros que me dieron la bienvenida, con palabras de amor y cariño, o incluso con un abrazo sincero.

Otra cosa mágica que sucedió durante este período fue encontrarse con viejos amigos que no se habían visto en años. Este fue el caso de encuentros históricos con la amiga venezolana Manena, con el amigo mexicano Juan Carlos y con el francés, compañero de aventuras, Nicolas. ¡Cómo podría imaginar que Barcelona sería el punto focal de tantas conexiones afectivas!

¡Cuántos milagros! ¡Cuántos regalos! ¡Cómo no agradecer todo esto! Gracias al universo por todas estas experiencias que han enriquecido mi alma. ¡Vivir en Barcelona no fue fácil! Enfrenté innumerables desafíos internos y externos, pero evolucioné mucho como persona. ¡Me conmovió la generosidad humana!

También recibí visitas y consejos de queridos amigos que me conocían desde hace mucho tiempo. ¡Qué importantes fueron todas estas conexiones! Mis amigos brasileños también me siguieron de cerca. Aunque estaba físicamente lejos, no estaba desconectado de ellos.

¿Y mi familia? Por supuesto, desearían que no estuviera lejos, pero no lo estaba. Constantemente hablaba con ellos por teléfono durante largas videollamadas. Yo seguí sus historias y logros a pesar de que vivía en otro país. Sé que mi ausencia fue la más difícil para ellos, pero necesitaba abrirme camino. Mi alma pidió expansión y seguí esa llamada.

Algunos de vosotros podrían preguntarme sobre el trabajo de autoconocimiento con la coach. ¿Tu terminaste? Completé el 85% de mi objetivo. Tuve que tomar un descanso. No siempre fue posible permanecer en un estado introspectivo. Necesitaba actuar en muchas circunstancias externas y no podía continuar canalizando mi energía hacia adentro. Como dirían los españoles: ¡no pasa nada!

Este proceso de autoconocimiento continuará durante toda la vida. ¡Esta estancia en Barcelona fue parte de este viaje! No mencioné mucho sobre los viajes físicos que hice, ya que son parte de este escenario de tantos aprendizajes.

¿Y el futuro? Todavía no lo sé. ¿Me quedaré en Brasil? ¿Viviré en otro país? No estoy preocupada con eso ahora, sé que día a día me estoy preparando para actuar en este nuevo mundo e iré a donde se necesita mi trabajo.

¡Finalmente, quiero agradecerle, lector!

Gracias por viajar conmigo en esta historia. ¡Hasta la próxima!

Intercâmbio em Barcelona (P1)

Por: Renata Mello

DSCN0825

Foto: Arquivo pessoal – Renata Mello, 2019

PORTUGUÊS

Morar temporariamente em outro país é o desejo recorrente de muitas pessoas. As razões são diversas, dentre elas, o de imergir em uma nova cultura, o de aprender um novo idioma, o de conhecer pessoas, o de realizar um curso de aperfeiçoamento ou de viver tudo isso simultaneamente.

Recentemente, a autora deste blog vivenciou essa experiencia e descreverá em primeira pessoa, suas vivencias e aprendizados em dois posts! O primeiro relato pode ser conferido a seguir:

O sonho de realizar um intercâmbio surgiu próximo aos meus vinte e poucos anos, mas devido a alguns compromissos familiares teve que ser adiado. A ideia original era estudar inglês em Londres.

Os anos passaram e esse desejo parecia cada vez mais impossível. Eu vivia trabalhando intensamente, me dividindo entre projetos de arquitetura, acompanhamentos de obra somados a ministrar algumas disciplinas na faculdade de arquitetura e design de interiores.

Eu estava muito contente com minha louca rotina, principalmente com a docência. Ficava maravilhada com o progresso dos meus alunos. Acho que era uma professora apaixonada! Não media esforços para que eles aprendessem e saíssem das minhas aulas empoderados para atuarem no mercado de trabalho.

Durante esse período que atuei como docente, me transformei internamente. A disciplina na qual ensinava sobre o universo das cores, mexeu comigo. Despertou antigos interesses que estavam adormecidos. Eu precisava fazer algo!

Na época eu fazia terapia e minha psicóloga me disse: “Por que não retoma seu sonho de desbravar o mundo e de ter contato com o universo cultural?”. Na hora fiquei espantada e depois segui pensativa. Imaginava que não tinha mais idade para isso e ela me incentivou dizendo que não havia idade adequada para realizar sonhos.

Durante três anos fiquei germinando essa ideia. Pensei em morar no Canadá para estudar inglês, mas desisti. Depois surgiu a possibilidade de estudar um segundo mestrado e eu embarquei por esse caminho.

Então, escolhi estudar Gestão Cultural na cidade que sempre me encantou, Barcelona. Era uma relação antiga de amor que nasceu em 2002 e desde o primeiro contato com a cidade, fiquei com o desejo de morar neste lugar. Como poderia imaginar que anos depois eu estaria diariamente circulando por suas ruas, desfrutando da gastronomia mediterrânea e de outras particularidades da cultura catalã.

O intercâmbio efetivamente começou depois que passei no processo seletivo para realizar um mestrado universitário. Em primeiro de outubro de 2019, cheguei sozinha a Barcelona. Nessa ocasião, sabia somente que estava matriculada na Universidade, porém não conhecia ninguém e tampouco tinha casa para morar. Os primeiros dias me hospedei em um hotel.

Pouco tempo depois, as aulas começaram em meio a busca por residência, regularização de visto e outras questões burocráticas de base. Quanta alegria, euforia e esperança misturada a incertezas.

O primeiro mês mudei de casa cinco vezes, até me fixar em uma residência de estudantes na qual permaneci até o final da minha experiencia. Os primeiros trinta dias foram tão intensos que nem senti muito bem o que estava acontecendo.

Na Universidade o espírito era de muita alegria, pois todos estavam realizando o sonho da pós-graduação. Havia alunos de diversas partes do mundo, principalmente originários da América Latina. O clima era de puro intercâmbio cultural!

Paralelo a essa atmosfera de descontração, residia em mim um certo temor em relação a conseguir realizar um mestrado em espanhol. Eu havia estudado o idioma entre meus 22 e 24 anos e naquele momento estava com 38. É fato que já não me recordava de muitas estruturas gramaticais.

Para superar esse desafio, tive que estudar MUITO! Passei inúmeros finais de semana estudando os novos conteúdos e em como poderia escrever essas informações em espanhol.  Meus cadernos sempre estavam em português e depois tinha que traduzi-los. O desafio foi em dobro.

O segundo mês do intercambio foi um dos mais difíceis, pois neste momento percebi efetivamente a mudança. Literalmente a “ficha caiu”! Sentia muita falta da família, dos amigos e do feijão. Exatamente como você está lendo, eu senti saudades do feijão. Isso foi bastante curioso, uma vez que no Brasil eu não era uma consumidora assídua. No início não sentia muita familiaridade com a comida e isso me deixava bastante abalada. Chorava muito!

O tempo passou e pouco a pouco fui me adaptando a nova realidade. O desconhecido se tornou amigável e encantador. Conheci novos lugares e pessoas e comecei a construir histórias afetivas.

Na faculdade, a euforia inicial passou e a seriedade tomou conta dos companheiros de estudo. Cada um tentou fazer da melhor forma seus trabalhos e ainda alguns tentaram conciliar com os estágios.

Naquele momento, optei em realizar posteriormente essa experiencia laboral, pois já era desafio suficiente estudar uma nova área em outro idioma. No final, acabei validando meu estágio com atuações profissionais anteriores e passei satisfatoriamente nesta disciplina.

Paralelo ao mestrado também optei em realizar um processo profundo de autoconhecimento, assessorado por uma profissional especializada que atendia aos alunos da Universidade. Quantos desafios enfrentei nesta viagem interior!

Meses depois, entrei em uma crise profunda. Minha avó paterna faleceu e eu não pude retornar ao Brasil. Neste momento lembranças do passado se somaram a esse fato e eu entrei em colapso. Anos atrás, em meu primeiro mestrado, perdi meus avós maternos e meu pai. Agora estudando novamente, sofria outra perda importante.

Graças ao apoio da minha coach e seus conselhos, pude reagir e após esse fato, resgatei toda a minha força para concluir o mestrado. Voltei com tudo! Não media esforços para obter excelentes resultados nos estudos e assim foi até o fim.

Neste processo reaprendi a ser aluna, depois de ter passado tantos anos como professora. Acredito que essa vivência também contribuirá para que futuramente eu seja uma docente ainda melhor.

Além disso, constato que esses nove meses de mestrado foram realmente de estudos intensos, reflexões pessoais e eventualmente alguns passeios para conhecer a cidade e outras regiões circundantes. Meu tempo de lazer era realmente muito escasso, mas eu não me arrependo das minhas escolhas.

Pessoalmente aprendi a importância de exercitar o perdão e a gratidão. De quão valido é viajar pela própria história e retirar o que não serve mais para que novos voos possam ser alçados futuramente. Como amadureci com todas essas reflexões!

Diferente dos meus companheiros de mestrado, optei em morar sozinha, justamente porque queria ter esse ganho interno, no qual pude chegar através de muito silencio e meditação.

Na reta final do mestrado, parei com esse processo introspectivo e foquei exclusivamente em terminar as disciplinas até o final de maio de 2019. Depois de muitas noites sem dormir, consegui atingir o objetivo. Com isso, iniciava uma nova etapa, a de realizar a dissertação.

Dia após dia, durante trinta dias, eu e meu companheiro de trabalho escrevíamos sem parar. Quantos debates para chegarmos a um trabalho completo e relevante para o campo da museologia e museografia. Eu fiquei muito orgulhosa com o resultado! A consagração veio com a apresentação final e com os comentários positivos recebidos pelos avaliadores. Enfim, nós tínhamos conseguido!

Em julho de 2019, recebi oficialmente o título de Mestre em Gestão Cultural!

Com essa conquista, encerrei a primeira fase do meu intercâmbio.

 

(Continua futuramente no post: “Intercâmbio em Barcelona (P2)”

 

Intercambio en Barcelona (P1)

Por: Renata Mello

ESPAÑOL

Vivir temporalmente en otro país es un deseo recurrente de muchas personas. Las razones son diversas, entre ellas, sumergirse en una nueva cultura, aprender un nuevo idioma, conocer gente, hacer un posgrado o vivirlo todo simultáneamente.

Recientemente, la autora de este blog vivió esta experiencia y describirá en primera persona sus experiencias y su aprendizaje en dos publicaciones. El primer informe se puede ver a continuación:

El sueño de hacer un intercambio se acercó a mis veinte años, pero debido a algunos compromisos familiares, tuvo que posponerse. La idea original era estudiar inglés en Londres.

Pasaron los años y ese deseo parecía cada vez más imposible. Siempre estaba trabajando intensamente, dividiéndome entre proyectos y monitoreo de trabajos de arquitectura, añadidos a la enseñanza de algunas asignaturas en la facultad de arquitectura y diseño de interiores.

Estaba muy contenta con mi rutina loca, especialmente con la enseñanza. Me quedaba sorprendida con el progreso de mis alumnos. ¡Creo que era una profesora apasionada! Yo hacia de todo para que aprendieran y dejaran mis clases capacitados para trabajar en el mercado laboral.

Durante este período que trabajé como profesora, me transformé internamente. La asignatura en la que enseñé sobre el universo de los colores me cambió. Despertó viejos intereses que estaban inactivos. ¡Necesitaba hacer algo!

En ese momento, estaba en terapia y mi psicóloga me dijo: “¿Por qué no reanudas tu sueño de explorar el mundo y tener contacto con el universo cultural?”. En ese momento me sorprendió y luego seguí pensativa. Pensé que estaba demasiada mayor para lograr este sueño y ella me animó diciendome que no había una edad adecuada para hacer realidad los sueños.

Esta idea germinó durante tres años. Pensé en vivir en Canadá para estudiar inglés, pero decidí no seguir este camino. Luego apareció la posibilidad de estudiar un segundo máster y embarqué en este camino.

Entonces, elegí estudiar Gestión Cultural en la ciudad que siempre me ha encantado, Barcelona. Era una antigua relación de amor que nació en 2002 y desde el primer contacto con la ciudad, me quedé con el deseo de vivir en este lugar. ¿Cómo podría imaginarme que años más tarde estaría caminando por sus calles todos los días, disfrutando de la cocina mediterránea y otras peculiaridades de la cultura catalana?

El intercambio en realidad empezó después de ingresar en el proceso de selección del master. El 1 de octubre de 2019, llegué a Barcelona solita. En ese momento, solo sabía que estaba inscrita en la Universidad, pero no conocía a nadie y ni siquiera tenía un hogar para vivir. Los primeros días me quedé en un hotel.

Poco después, las clases comenzaron en medio de la búsqueda de vivienda, regularización de visas y otros asuntos burocráticos básicos. Tanta alegría, euforia y esperanza mezcladas con incertidumbre.

El primer mes me mudé a casa cinco veces, hasta que me instalé en una residencia de estudiantes donde me quedé hasta el final de mi experiencia. Los primeros treinta días fueron tan intensos que ni siquiera sentí muy bien lo que estaba pasando.

En la Universidad, el espíritu era muy alegre, ya que todos cumplían el sueño de hacer un posgrado. Había estudiantes de diferentes partes del mundo, principalmente de Latino America. ¡El ambiente era de puro intercambio cultural!

Paralelamente a este ambiente relajado, había un cierto miedo en mí para obtener un máster en español. Había estudiado el idioma entre mis 22 y 24 años y en ese momento tenía 38. Por eso, ya no me acordaba muchas estructuras gramaticales.

Para superar este desafío, tuve que estudiar MUCHO! Pasé innumerables fines de semana estudiando el nuevo contenido y cómo podría escribir esa información en español. Mis cuadernos siempre estaban en portugués y luego tuve que traducirlos. El desafío fue doble.

El segundo mes del intercambio fue uno de los más difíciles, porque en este momento realmente noté el cambio. Extrañaba mucho a mi familia, amigos y frijoles. ¡Si! Extrañé los frijoles. Esto fue bastante curioso, ya que en Brasil no era una consumidora habitual. Al principio no me sentía muy familiarizada con la comida y me dejó muy molesta. Lloré mucho!

Pasó el tiempo y poco a poco fui adaptandome a la nueva realidad. El extraño se volvió amigable y encantador. Conocí nuevos lugares y personas y comencé a construir historias afectivas.

En la universidad, la euforia inicial pasó y la seriedad se hizo cargo de los compañeros. Cada uno trató de hacer su trabajo de la mejor manera y aún algunos trataron de conciliar con las prácticas profesionales.

En ese momento, opté por llevar a cabo esta experiencia laboral más tarde, ya que era desafío suficiente estudiar una nueva área en otro idioma. Al final, terminé validando mis prácticas con actividades profesionales anteriores y pasé esta disciplina satisfactoriamente.

Paralelamente al máster, también opté por llevar a cabo un profundo proceso de autoconocimiento, asesorada por una profesional especializada que atendió a los estudiantes de la Universidad. ¡Cuántos desafíos enfrenté en este viaje interior!

Meses después, entré en una profunda crisis. Mi abuela paterna falleció y no pude regresar a Brasil. En ese momento, los recuerdos del pasado se sumaron a ese hecho y colapsé. Hace años, en mi primer máster, perdí a mis abuelos maternos y a mi padre. Ahora estudiando de nuevo, sufri otra pérdida importante.

Gracias al apoyo de mi coach y su consejo, pude reaccionar y después de eso, recuperé todas mis fuerzas para completar mi máster. Regresé con todo! Yo hice todo esfuerzo por obtener excelentes calificaciones en los estudios y así continuó hasta el final.

En este proceso aprendí a ser estudiante de nuevo, después de haber pasado tantos años como profesora. Creo que esta experiencia también contribuirá a hacerme una mejor profesional en el futuro.

Además, noto que estos nueve meses de máster fueron realmente de intensos estudios, reflexiones personales y hice también algunos viajes para conocer la ciudad y otras regiones circundantes. Mi tiempo libre era realmente escaso, pero no me arrepiento de mis elecciones.

Personalmente aprendí la importancia de ejercer el perdón y la gratitud. Cuán válido es viajar a través del su historia personal y eliminar lo que ya no sirve para poder tomar nuevos vuelos en el futuro. ¡Cómo maduré con todas estas reflexiones!

A diferencia de mis compañeros de máster, elegí vivir sola, precisamente porque quería tener este viaje de autoconocimiento, que pude alcanzar a través de mucho silencio y meditación.

En el tramo final de los estudios, detuve este proceso introspectivo y me concentré exclusivamente en terminar las asignaturas para fines de mayo de 2019. Después de muchas noches de insomnio, logré alcanzar la meta. Con eso, comenzó una nueva etapa, la de llevar a cabo la disertación.

Día tras día, durante treinta días, mi compañero de trabajo y yo escribimos sin parar. Cuántos debates para llegar a un trabajo completo y relevante para el campo de la museología y la museografía. ¡Estaba muy orgullosa del resultado! La consagración llegó con la presentación final y los comentarios positivos recibidos por los evaluadores. Habíamos superado con éxito este desafío.

¡En julio de 2019, recibí oficialmente el título de Máster en Gestión Cultural!

Con este logro, terminé la primera fase de mi intercambio.

(Continúa en el futuro post: “Intercambio en Barcelona (P2)”

Barcelona: Como não te amar?

PORTUGUÊS

Por: Renata Mello

Ah, Barcelona!
Como não te amar?
Tu és cidade-única
Tu és cidade-plural
Tu és uma cidade-multicultural

Tu és Cidade-Gaudí
Com o dragão escondido da Batlló
Com os soldados da Milá
Com as curvas sinuosas do Parque Güell
Com a monumentalidade da Sagrada Família

Tu és Cidade-Sant Medir
Com a música abre alas
Com os cavaleiros pelas ruas
Com a vizinhança vibrante
Com os confeitos arremessados

Tu és Cidade-Sant Jordi
Com as pessoas no Passeio de Grácia
Com os homens recebendo livros
Com as mulheres acolhendo as rosas
Com a celebração dos corações apaixonados

Tu és Cidade-Sant Joan
Com as praias lotadas
Com as pessoas a bailar
Com a alegria espalhada
Com os fogos a iluminar

Tu és Cidade-Sant Mercè
Com as ruas cheias de arte
Com os povos reunidos
Com as águas de Montjuïc a bailar
Com o céu todo a iluminar

Tu és Cidade-Sant Esteban
Com a família toda reunida
Com a celebração da união
Com os canelones gratinados
Com as histórias saudosistas

Ah, Barcelona!
Como não te amar?
Tu és cidade-encanto
Tu és cidade-jovial
Tu és uma cidade-especial

ESPAÑOL

Barcelona: ¿Cómo no amarte?

Por: Renata Mello

¡Ah, Barcelona!
¿Cómo no amarte?
Eres ciudad-unica
Eres ciudad-plural
Eres una ciudad-multicultural

Tu es Ciudad-Gaudí
Con el dragón oculto de Batlló
Con los soldados de Milá
Con las curvas sinuosas del Park Güell
Con la monumentalidad de la Sagrada Familia

Tu es Ciudad-Sant Medir
Con música abre alas
Con los caballeros por las calles
Con los vecinos vibrantes
Con los caramelos lanzados

Tu es Ciudad-Sant Jordi
Con gente en el Paseo de Gracia
Con hombres recibiendo libros
Con mujeres ganando a las rosas
Con la celebración de corazones enamorados

Tu es Ciudad-Sant Joan
Con playas abarrotadas
Con personas bailando
Con alegría extendida
Con los fuegos encendidos

Tu es Ciudad-Sant Mercè
Con calles llenas de arte
Con la gente reunida
Con las aguas de Montjuïc bailando
Con todo el cielo iluminando

Tu es Ciudad-Sant Esteban
Con toda la familia junta
Con la celebración de la unión
Con canelones gratinados
Con las historias de nostalgia

¡Ah, Barcelona!
¿Cómo no amarte?
Eres ciudad-encantadora
Eres ciudad-jovial
Eres una ciudad-especial

Barcelona: Hospital Santa Creu i Sant Pau

Por: Renata Mello

PORTUGUÊS

Barcelona é uma cidade que possui muitas obras singulares da arquitetura mundial, tendo como destaque as instalações do antigo “Hospital Santa Creu i Sant Pau”. Esse local possui um impressionante conjunto arquitetônico idealizado originalmente por 48 pavilhões destinados a saúde, os quais foram projetados pelo arquiteto modernista catalão Lluís Domènech i Montaner no ano de 1901. Concretamente apenas 27 edifícios foram construídos entre 1902 a 1930, mas somente 16 seguiram o projeto original.

Montaner estudou o que havia de vanguarda para a época do ponto de vista médico, tecnológico e arquitetônico e propôs soluções espaciais que nasciam em função das necessidades humanas. Após um período de pesquisas, o arquiteto projetou edifícios com numerosas janelas, implantados estrategicamente no terreno segundo a importância de suas funções dentro do sistema hospitalar. Além disso, os prédios foram posicionados para facilitar a entrada de luz natural, a ventilação constante e permitir o contato visual entre o interior e o jardim proposto, criando uma atmosfera salubre. As soluções adotadas favoreciam a pronta recuperação dos pacientes e melhoravam as condições laborais dos médicos e demais trabalhadores.

Efetivamente as atividades do complexo se iniciaram em 1916 e foram até 2009, mas desde 1997 é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, transcendendo sua importância inicial. Atualmente o antigo “Hospital Santa Creu i Sant Pau” está aberto à visitação e convida aos amantes das artes e da boa arquitetura a desfrutar deste lugar que encanta os olhos e traz paz a alma.

A seguir encontra-se uma exposição fotográfica contendo imagens captadas por Renata Mello, durante visita realizada em setembro de 2019. Desfrutem!

Este slideshow necessita de JavaScript.

ESPAÑOL

Barcelona es una ciudad que tiene muchas obras únicas de arquitectura mundial, destacando las instalaciones del antiguo “Hospital Santa Creu i Sant Pau“. Este sitio tiene un impresionante conjunto arquitectónico diseñado originalmente por 48 pabellones de salud, que fueron diseñados por el arquitecto modernista catalán Lluís Domènech i Montaner en el año 1901. Específicamente, solo se construyeron 27 edificios entre 1902 y 1930, pero 16 siguieron el proyecto original.

Montaner estudió lo que estaba a la vanguardia de la época desde un punto de vista médico, tecnológico y arquitectónico, y propuso soluciones espaciales que nacieron en respuesta a las necesidades humanas. Después de un período de investigación, el arquitecto diseñó edificios con numerosas ventanas, ubicadas estratégicamente en el suelo de acuerdo con la importancia de sus funciones dentro del sistema hospitalario. Además, los edificios se colocaron para facilitar la entrada de luz natural, ventilación constante y permitir el contacto visual entre el interior y el jardín propuesto, creando una atmósfera saludable. Las soluciones adoptadas favorecieron la pronta recuperación de los pacientes y mejoraron las condiciones de trabajo de los médicos y otros trabajadores.

De hecho, las actividades del complejo comenzaron en 1916 y fueron hasta 2009, pero desde 1997 se considera Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO, trascendiendo su importancia inicial. Hoy en día, el antiguo “Hospital Santa Creu i Sant Pau” está abierto a los visitantes e invita a los amantes de las artes y la buena arquitectura a disfrutar de este lugar que deleita los ojos y trae paz al alma.

A continuación, se muestra una exposición fotográfica que contiene imágenes tomadas por Renata Mello durante una visita realizada en septiembre de 2019. ¡Disfruta!

Este slideshow necessita de JavaScript.

Pavilhão Alemão de Barcelona

Por: Renata Mello

PORTUGUÊS

O Pavilhão Alemão projetado pelo arquiteto Mies van der Rohe foi construído para uma exposição internacional que ocorreu na cidade de Barcelona em 1929 e se tornou um importante símbolo do Movimento Moderno. Esse edifício emblemático também conhecido pelos arquitetos como Pavilhão Barcelona, existiu até 1930, quando foi desmontado.

Pela relevância da linguagem do edifício e novas soluções técnicas para a época, decidiu-se reconstruir este edifício a partir dos documentos originais, tendo como data de inauguração o ano de 1986. Atualmente os amantes de arquitetura podem percorrer os espaços abertos do Pavilhão, admirar a escultura localizada ao fundo e sentar em uma “Cadeira Barcelona” para desfrutar da paisagem ao redor. Uma parada obrigatória aos estudantes e arquitetos que passam pela cidade catalã.

Confira o álbum com fotos atuais: 

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: Renata Mello, 2018

Para saber mais: “Um passeio virtual pelo Pavilhão de Barcelona de Mies van der Rohe” do Arch Daily

 

Pabellón Alemán de Barcelona

ESPAÑOL

Por: Renata Mello

El Pabellón Alemán proyectado por el arquitecto Mies van der Rohe fue construido para una exposición internacional que tuvo lugar en la ciudad de Barcelona en 1929 y se convirtió en un importante símbolo del Movimiento Moderno. Este edificio emblemático también conocido por los arquitectos como Pabellón Barcelona, ​​existió hasta 1930, cuando fue desmontado.

Por la relevancia del lenguaje del edificio y nuevas soluciones técnicas para la época, se decidió reconstruir este edificio a partir de los documentos originales, teniendo como fecha de inauguración el año 1986. Actualmente los amantes de la arquitectura pueden recorrer los espacios abiertos del Pabellón, admirar la escultura ubicada al fondo y sentarse en una “Silla Barcelona” para disfrutar del paisaje circundante. Una parada obligada a los estudiantes y arquitectos que pasan por la ciudad catalana.

El álbum con fotos actuales:

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: Renata Mello, 2018

Para saber más: “Un paseo virtual por el Pabellón de Barcelona de Mies van der Rohe” del Arch Daily

Stanley Kubrick: Uma visão crítica da sociedade

Por: Renata Mello
PORTUGUÊS
Stanley Kubrick foi um importante cineasta do século XX, criando filmes inusitados que refletem comportamentos, avanços e debilidades das sociedades, atuando como um espelho sobre a realidade. Através de sua arte, Kubrick expõe muitas vezes situações limites para instigar a reflexão e a discussão sobre as condutas sociais, políticas e culturais, recebendo constantemente críticas sobre seu trabalho.
Por possuir grande influência nas gerações que o sucedem e pela relevância de suas produções, o Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB), apresenta a exposição “Stanley Kubrick 1928 – 1999”. Essa mostra retrata o início de sua trajetória como fotógrafo da revista Look, depois as primeiras iniciativas cinematográficas com recursos próprios, até suas grandes produções, já com o reconhecimento de seu talento dentro de seu campo de atuação.
Ao percorrer esta exposição é possível encontrar objetos de filmagem, como as claquetes de cinema, a cadeira do diretor, bem como figurinos, cronograma de rodagem, orçamentos, ‘story boards’, maquetes, entre outros elementos. Esses recursos expositivos permitem ao visitante viajar no universo criativo e diverso de Kubrick.

                 2  1   

Foto 1 e 2: Acessórios do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”(1968)
3  4
Foto 3 e 4: Acessórios do filme “De olhos bem fechados” (1999)
Kubrick ao longo de sua carreia não se ateve apenas a um gênero cinematográfico. Sua liberdade criativa o levou a produzir filmes de época, de ficção científica, terror, entre outros. Apesar da diversificação dos gêneros, o denominador comum de seu trabalho sempre foi trazer uma mensagem ao expectador que o fizesse indagar sobre o ser humano e suas relações com as estruturas: científico-tecnológicas, sociais, políticas ou culturais. Suas obras mais conhecidas passam por: “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968); “Laranja Mecânica” (1971); “Barry Lyndon” (1975), “O Iluminado” (1980) e “De olhos bem fechados” (1999).
Dentre os trabalhos mencionados, cabe observar que já se passaram 50 anos do lançamento do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço” –  trabalho de ficção científica proposto por Kubrick. Apesar do tempo transcorrido a narração e as indagações propostas ainda são muito pertinentes.
Esse trabalho retrata inicialmente um pequeno grupo macacos lutando por sobrevivência em seu habitat natural. Dentro deste contexto, surge um segundo grupo de primatas que lutam para conquistar o território dos primeiros, através de gritos e postura de força.
Com o passar do tempo, através da observação e experimentação, o segundo grupo descobre uma nova forma para dominar o território do outro grupo. Agora, através da FERRAMENTA, artefatos originários de ossos de animais, passam a exercer a função de arma e INSTRUMENTO de poder. Surge uma nova maneira de dominar.
Após esta etapa, Kubrick leva o espectador do passado primata ao futuro do homem nas galáxias. Neste momento, o ser humano possui novos CONHECIMENTOS e novas FERRAMENTAS, agora o território almejado vai muito além do planeta Terra.
Neste momento, nota-se muitas ações sigilosas por parte dos pesquisadores aeroespaciais, pois se fazia necessário conhecer mais e filtrar as informações que seriam divulgadas aos demais. O conhecimento segue como uma forma de DOMÍNIO.
Em um terceiro momento, o diretor convida a reflexão entre os LIMITES na relação HOMEM-MÁQUINA. Durante uma missão a Júpiter, os astronautas confiam a condução da nave espacial, ao programa de computador Hall 9000. Durante a viagem o sistema detecta um possível problema em um dos equipamentos da Nave, forçando um dos astronautas a sair na área externa para efetuar o reparo.
Ao avaliarem a peça teoricamente problemática, os astronautas não identificam nenhum defeito e começam a questionar se o sistema de computador era mesmo 100% confiável.  A partir daí, traça-se uma batalha de sobrevivência entre o líder astronauta e o programa de computador. Ao final, o astronauta consegue desativar o programa e volta a realizar sua viagem em segurança.
Essa reflexão da terceira parte é muito contemporânea. Hoje mais do que nunca, as pessoas estão convivendo com as máquinas no seu dia a dia e as projeções futuras indicam um grande crescimento neste sentido. ATÉ QUE PONTO É POSSÍVEL UTILIZÁ-LAS CEGAMENTE? QUAL O LIMITE CONFIÁVEL ENTRE O HOMEM E A MÁQUINA?
São perguntas que ficam no ar e que são muito pertinentes para a sociedade do século XXI. Em 2017, por exemplo, o país da Arábia Saudita concedeu cidadania, a Sophia – um robô comandado por Inteligência Artificial, que possui mais direitos que as mulheres sauditas. Ela pode circular sem a presença de um homem e não precisa andar coberta. COMO SERÁ O FUTURO ENTRE OS ROBÔS “INTELIGENTES” E OS SERES HUMANOS? Esse assunto gera muita polêmica e ainda caberá ser enfrentado na busca por novas condutas políticas, sociais e econômicas.
Retomando ao filme em análise, Kubrick conduz o espectador a um momento final, em que o HOMEM agora só, confronta com sua FINITUDE. Apresentando as limitações do corpo até a libertação de sua alma e simultânea comunhão com o universo. Quer mostrar que o SER HUMANO TRANSCENDE A MATÉRIA e isso não deve ser perdido de vista. Sem dúvida, um filme profundo, atual e que convida a refletir sobre as práticas de conduta.
Além de “2001: Uma Odisséia no Espaço” é válido observar também como exemplo de produção cinematográfica de Kubrick, o filme “De olhos bem fechados” (Eyes Wide Shut) de 1999.  Neste último trabalho de sua vida, o diretor foca nos gêneros de drama e suspense com Nicole Kidman e Tom Cruise em uma história que envolve questionamentos sobre o INSTINTO SEXUAL, seus LIMITES MORAIS e formas de DOMINAÇÃO SOCIAL.
Os personagens principais desta trama são um médico renomado chamado Bill e sua esposa Alice. O doutor possuí um importante título universitário, muito dinheiro e uma bela esposa, SÍMBOLOS de seu PRESTÍGIO. A trama começa quando Alice quebra a segurança do marido ao dizer que já pensou em traí-lo com um desconhecido da marinha e se demostra pouco interessada em se relacionar com seu marido. A partir disso, Bill fica descompensado buscando resgatar sua fortaleza sexual, aceitando flertar com mulheres bonitas e atraentes, no entanto, não passa deste ponto.
Ao longo da trama, Kubrick utiliza a simbologia do arco-íris como sendo o trajeto necessário a Bill para encontrar seu “pote de ouro”.  E nesta busca, entra em uma sociedade secreta da alta sociedade, onde existem pessoas mascaradas que praticam orgias e onde as REGRAS SOCIAIS são deixadas de lado. Justamente pelo anonimato obtido pelas máscaras, algumas condutas sociais consideradas “adequadas” são deixadas de lado, prevalecendo puramente o instinto.
Entre tantas ofertas para trair sua esposa, acaba sendo sempre desviado da tentação e descobre ao voltar para o seu lar, a essência do amor e a importância da base familiar que construiu. O filme retrata o mundo de aparências sociais, onde faz-se necessário o uso de “máscaras” para que haja aceitação em determinadas camadas da sociedade.
Kubrick propõe um confronto entre o INDIVÍDUO E SEU COLETIVO, a LIBERDADE VERSOS AS CONVENÇÕES, o DOMINADOR VERSOS O DOMINADO. Novamente há um convite para o expectador refletir e ser crítico sobre seu papel dentro de seu contexto social.
A partir dos estudos feitos sobre Kubrick é possível dizer que ele adota como premissa a CULTURA COMO FORMA DO HOMEM REFLETIR SOBRE SI MESMO, ATRAVÉS DE QUESTÕES MULTIDIMENSIONAIS LIGADAS A VIDA COTIDIANA, A MORAL, AOS CONHECIMENTOS, A CIÊNCIA, A SEXUALIDADE, AO PERTENCIMENTO, ABARCANDO SABERES MUITO DIFERENTES.
Kubrick se destaca no século XX, por ser um profissional autodidata, que a partir de seu olhar treinado e seu senso crítico, conseguiu LER O SEU TEMPO e SEU CONTEXTO CULTURAL, SOCIAL, POLÍTICO E ECONÔMICO, ligados a sociedade ocidental contemporânea após as grandes Guerras Mundiais e Guerra Fria.
Ele buscou sempre utilizar os novos recursos tecnológicos e de diferentes linguagens para expressar de forma criativa e livre a sua leitura da sociedade, refletindo como um espelho as práticas humanas adotadas. Enfim, KUBRICK INCITA SEMPRE O QUESTIONAMENTO CRÍTICO E UMA AÇÃO MAIS CONSCIENTE DAS PESSOAS DENTRO DE SUAS SOCIEDADES.

Stanley Kubrick: Una visión crítica de la sociedad

ESPAÑOL
Por: Renata Mello
Stanley Kubrick fue un importante cineasta del siglo XX, creando películas inusitadas que reflejan comportamientos, avances y debilidades de las sociedades, actuando como un espejo sobre la realidad. A través de su arte, Kubrick expone muchas veces situaciones límite para instigar la reflexión y la discusión sobre las conductas sociales, políticas y culturales, recibiendo constantemente críticas sobre su trabajo.
Por su gran influencia en las generaciones que lo suceden y por la relevancia de sus producciones, el Centro de Cultura Contemporánea de Barcelona (CCCB), presenta la exposición “Stanley Kubrick 1928 – 1999“. Esta muestra retrata el inicio de su trayectoria como fotógrafo de la revista Look, luego las primeras iniciativas cinematográficas con recursos propios, hasta sus grandes producciones, ya con el reconocimiento de su talento dentro de su campo de actuación.
Al recorrer esta exposición es posible encontrar objetos de filmación, como las claquetas de cine, la silla del director, así como figurines, cronograma de rodaje, presupuestos, ‘story boards’, maquetas, entre otros elementos. Estos recursos expositivos permiten al visitante viajar en el universo creativo y diverso de Kubrick.

                 2  1

Foto 1 y 2: Accesorios de la película “2001: Una Odisea en el espacio” (1968)
3  4
Foto 3 y 4: Accesorios de la película “De ojos bien cerrados” (1999)
Kubrick a lo largo de su carrera no se ha a sólo un género cinematográfico. Su libertad creativa lo llevó a producir películas de época, de ciencia ficción, terror, entre otros. A pesar de la diversificación de los géneros, el denominador común de su trabajo siempre fue traer un mensaje al espectador que lo hiciera indagar sobre el ser humano y sus relaciones con las estructuras: científico-tecnológicas, sociales, políticas o culturales. Sus obras más conocidas pasan por: “2001: una Odisea en el espacio” (1968); “Naranja Mecánica” (1971); “Barry Lyndon” (1975), “El Iluminado” (1980) y “De ojos bien cerrados” (1999).
Entre los trabajos mencionados, cabe observar que ya pasaron 50 años del lanzamiento de la película “2001: una Odisea en el espacio” – trabajo de ciencia ficción propuesto por Kubrick. A pesar del tiempo transcurrido la narración y las indagaciones propuestas todavía son muy pertinentes.
Este trabajo retrata inicialmente un pequeño grupo monos luchando por sobrevivencia en su hábitat natural. Dentro de este contexto, surge un segundo grupo de primates que luchan para conquistar el territorio de los primeros, a través de gritos y postura de fuerza.
Con el paso del tiempo, a través de la observación y experimentación, el segundo grupo descubre una nueva forma para dominar el territorio del otro grupo. Ahora, a través de la HERRAMIENTA, artefactos originarios de huesos de animales, pasan a ejercer la función de arma e INSTRUMENTO de poder. Surge una nueva manera de dominar.
Después de esta etapa, Kubrick lleva al espectador del pasado primates al futuro del hombre en las galaxias. En este momento, el ser humano posee nuevos CONOCIMIENTOS y nuevas HERRAMIENTAS, ahora el territorio anhelado va mucho más allá del planeta Tierra.
En este momento, se nota muchas acciones sigilosas por parte de los investigadores aeroespaciales, pues se hacía necesario conocer más y filtrar las informaciones que serían divulgadas a los demás. El conocimiento sigue como una forma de DOMINIO.
En un tercer momento, el director invita a la reflexión entre los LÍMITES en la relación HOMBRE-MÁQUINA. Durante una misión a Júpiter, los astronautas confían la conducción de la nave espacial, al programa de ordenador Hall 9000. Durante el viaje el sistema detecta un posible problema en uno de los equipos de la Nave, forzando a uno de los astronautas a salir en el área externa para efectuar la reparación.
Al evaluar la pieza teóricamente problemática, los astronautas no identifican ningún defecto y empiezan a cuestionar si el sistema informático era incluso 100% confiable. A partir de ahí, se traza una batalla de supervivencia entre el líder astronauta y el programa de ordenador. Al final, el astronauta consigue desactivar el programa y vuelve a realizar su viaje en seguridad.
Esta reflexión de la tercera parte es muy contemporánea. Hoy más que nunca, la gente está conviviendo con las máquinas en su día a día y las proyecciones futuras indican un gran crecimiento en este sentido. ¿HASTA QUE PUEDE UTILIZAR LAS CEGAMENTE? ¿QUÉ EL LÍMITE CONFIABLE ENTRE EL HOMBRE Y LA MÁQUINA?
Son preguntas que quedan en el aire y que son muy pertinentes para la sociedad del siglo XXI. En 2017, por ejemplo, el país de Arabia Saudita concedió ciudadanía, Sophia – un robot comandado por Inteligencia Artificial, que tiene más derechos que las mujeres sauditas. Ella puede circular sin la presencia de un hombre y no necesita andar cubierta. ¿CÓMO SERÁ EL FUTURO ENTRE LOS ROBOS “INTELIGENTES” Y LOS SERES HUMANOS? Este tema genera mucha polémica y todavía cabe afrontar en la búsqueda de nuevas conductas políticas, sociales y económicas.
Retomando a la película en análisis, Kubrick conduce al espectador a un momento final, en el que el HOMBRE ahora sólo, confronta con su FINITUD. Presentando las limitaciones del cuerpo hasta la liberación de su alma y simultánea comunión con el universo. Quiere mostrar que el SER HUMANO TRANSCENDE LA MATERIA y eso no debe perderse de vista. Sin duda, una película profunda, actual y que invita a reflexionar sobre las prácticas de conducta.
Además del “2001: Una Odisea en el espacio” es válido observar también como ejemplo de producción cinematográfica de Kubrick, la película “De ojos bien cerrados” (Eyes Wide Shut) de 1999.En el último trabajo de su vida, el director se enfoca en los géneros, en el que se habla de la película “De ojos cerrados” de drama y suspenso con Nicole Kidman y Tom Cruise en una historia que involucra cuestionamientos sobre el INSTINTO SEXUAL, sus LÍMITES MORAIS y formas de DOMINACIÓN SOCIAL.
Los personajes principales de esta trama son un médico renombrado llamado Bill y su esposa Alice. El doctor posee un importante título universitario, mucho dinero y una bella esposa, SÍMBOLOS de su PRESTÍGIO. La trama comienza cuando Alice rompe la seguridad del marido al decir que ya pensó en traicionarlo con un desconocido de la marina y se muestra poco interesada en relacionarse con su marido. A partir de eso, Bill queda descompensado buscando rescatar su fortaleza sexual, aceptando coquetear con mujeres bonitas y atractivas, sin embargo, no pasa de este punto.
A lo largo de la trama, Kubrick utiliza la simbología del arco iris como el trazado necesario a Bill para encontrar su “bote de oro”. Y en esta búsqueda, entra en una sociedad secreta de la alta sociedad, donde hay personas enmascaradas que practican orgías y donde las REGLAS SOCIALES son dejadas de lado. Justamente por el anonimato obtenido por las máscaras, algunas conductas sociales consideradas “adecuadas” son dejadas de lado, prevaleciendo puramente el instinto.
Entre tantas ofertas para traicionar a su esposa, acaba siendo siempre desviado de la tentación y descubre al volver a su hogar, la esencia del amor y la importancia de la base familiar que construyó. La película retrata el mundo de apariencias sociales, donde se hace necesario el uso de “máscaras” para que haya aceptación en determinadas capas de la sociedad.
Kubrick propone una confrontación entre el INDIVIDUO Y SU COLECTIVO, la LIBERTAD VERSOS DE LAS CONVENCIONES, el DOMINADOR VERSOS EL DOMINADO. Nuevamente hay una invitación para el espectador reflexionar y ser crítico sobre su papel dentro de su contexto social.
A partir de los estudios hechos sobre Kubrick es posible decir que él adopta como premisa la CULTURA COMO FORMA DEL HOMBRE REFLEJAR SOBRE SI MISMO, A TRAVÉS DE CUESTIONES MULTIDIMENSIONALES LIGADAS A VIDA COTIDIANA, LA MORAL, A LOS CONOCIMIENTOS, LA CIENCIA, LA SEXUALIDAD, EL PERTENIMIENTO, ABARCANDO SABERES MUY DIFERENTES.
Kubrick se destaca en el siglo XX, por ser un profesional autodidacta, que a partir de su mirada entrenada y su sentido crítico, logró LEER SU TIEMPO y SU CONTEXTO CULTURAL, SOCIAL, POLÍTICO Y ECONÓMICO, ligados a la sociedad occidental contemporánea tras las grandes Guerras Mundiales y Guerra Fría.
Él buscó siempre utilizar los nuevos recursos tecnológicos y de diferentes lenguajes para expresar de forma creativa y libre su lectura de la sociedad, reflejando como un espejo las prácticas humanas adoptadas. En fin, KUBRICK INCITA SIEMPRE EL CUESTIONAMIENTO CRÍTICO Y UNA ACCIÓN MÁS CONSCIENTE DE LAS PERSONAS DENTRO DE SUS SOCIEDAD.

Picasso – Picabia: A Pintura em Questão

Por: Renata Mello

picassoypicabia

Foto montagem: Renata Mello, 2018

PORTUGUÊS

A Fundação Mapfre em Barcelona está com a exposição “Picasso – Picabia: La Pintura en Cuestión”. O foco está em apresentar as semelhanças e diferenças entre estes dois importantes pintores do século XX.

A semelhança destes artistas não está só nos nomes, mas também por possuírem almas inquietas sempre em busca do novo. Cada um a sua maneira contribuiu com obras singulares, alinhadas aos discursos sociais e artísticos de seu tempo e são referencias marcantes dentro do campo da arte.

Ambos dominavam muito a técnica de pintura clássica, mas não se limitavam a esse conhecimento. Exatamente por terem este profundo saber, gostavam de experimentar os diferentes estilos de época, não com o interesse de assumi-los, mas para compreende-los e superá-los.

Vale a pena percorrer a exposição e perceber as variações expressivas de ambos ao longo do tempo.

+ fotos no Instagram: @renatamello.blog

 

Picasso – Picabia: La pintura en cuestión

ESPAÑOL

Por: Renata Mello

La Fundación Mapfre en Barcelona está con la exposición “Picasso – Picabia: La Pintura en cuestión”. El foco está en presentar las similitudes y diferencias entre estos dos importantes pintores del siglo XX.

La semejanza de estos artistas no está sólo en los nombres, sino también por poseer almas inquietas siempre en busca de lo nuevo. Cada uno a su manera contribuyó con obras singulares, alineadas a los discursos sociales y artísticos de su tiempo y son referencias marcantes dentro del campo del arte.

Ambos dominaban mucho la técnica de pintura clásica, pero no se limitaban a ese conocimiento. Exactamente por tener este profundo saber, les gustaba experimentar los diferentes estilos de época, no con el interés de asumirlos, sino para comprenderlos y superarlos.

Vale la pena recorrer la exposición y percibir las variaciones expresivas de ambos a lo largo del tiempo.

+ fotos en Instagram: @ renatamello.blog

Casa Batlló: Antoni Gaudí

Por: Renata Mello
PORTUGUÊS
A Casa Batlló é uma parada obrigatória para quem visita Barcelona e é amante das artes e da arquitetura. A construção é de autoria do reconhecido arquiteto modernista catalão Antoni Gaudí (1852-1926).
Essa obra se destaca na paisagem urbana por possuir um estilo próprio, apresentando formas orgânicas inspiradas na natureza. A fachada é multicolorida por ladrilhos e vidros que se harmonizam com os terraços brancos em formato de máscaras. O cenário só muda no dia de “Sant Jordi” (São Jorge), quando flores vermelhas são adicionadas as sacadas em celebração ao santo.
Dizem que a cobertura da casa remete as escamas de um dragão e a cruz de 4 pontas associa-se a espada de São Jorge, por isso esse emblemático edifício muda sua roupagem durante essa comemoração.
Não somente o exterior vale ser apreciado. O interior do edifício é uma viagem surreal que o visitante pode experimentar. Além dos elementos físicos existentes, é possível solicitar um audioguia com realidade aumentada que transmite cenas de como os espaços eram originalmente compostos, permitindo uma imersão mais completa.
A casa é cheia de detalhes. Antoni Gaudí buscou projetar todos os elementos construtivos da casa, desde a maçaneta, os vitrais, os ladrilhos, até os revestimentos da cobertura. O resultado é surpreendente. Vale a visita!
Confira a seguir algumas imagens criadas a partir de fotos extraídas em visita recente a Casa Batlló.

 

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: Renata Mello, 2018
ESPAÑOL
La Casa Batlló es una parada obligada para quien visita Barcelona y es amante de las artes y la arquitectura. La construcción es de autoría del reconocido arquitecto modernista catalán Antoni Gaudí (1852-1926).
Esta obra se destaca en el paisaje urbano por poseer un estilo propio, presentando formas orgánicas inspiradas en la naturaleza. La fachada es multicolor por azulejos y vidrios que se armonizan con las terrazas blancas en forma de máscaras. El escenario sólo cambia el día de Sant Jordi, cuando las flores rojas se agregan los balcones en celebración al santo.
Se dice que la cubierta de la casa remite las escamas de un dragón y la cruz de 4 puntas se asocia con la espada de San Jordi, por lo que ese emblemático edificio cambia su ropaje durante esa conmemoración.
No sólo el exterior vale ser apreciado. El interior del edificio es un viaje surrealista que el visitante puede experimentar. Además de los elementos físicos existentes, es posible solicitar un audioguía con realidad aumentada que transmite escenas de cómo los espacios eran originalmente compuestos, permitiendo una inmersión más completa.
La casa está llena de detalles. Antoni Gaudí buscó proyectar todos los elementos constructivos de la casa, desde la manija, los vitrales, los ladrillos, hasta los revestimientos de la cubierta. El resultado es sorprendente. ¡Vale la visita!
A continuación algunas imágenes creadas a partir de fotos extraídas en una visita reciente a Casa Batlló.

 

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: Renata Mello, 2018