Em foco: Paul Cézanne

Por: Renata Mello

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Foto: Pixabay
PORTUGUÊS
Paul Cézanne foi um importante artista francês que viveu entre 1839 a 1906. Ao longo de sua trajetória produziu quase 1.000 pinturas, entre elas, 200 retratos, que expunham a imagem do próprio pintor, familiares, amigos ou conhecidos. Sua esposa, por exemplo, foi tema de 29 de suas produções. Estas pinturas trazem a tona a melancolia, a tristeza ou as inquietudes dos retratados.
Apesar de Paul possuir trabalhos consistentes e alinhados as novas técnicas de seu tempo, viu suas obras sendo rechaçadas pelos Salões Franceses em inúmeros momentos. Essas decepções o levaram a viver cada vez mais isolado e davam mais força para que ele se voltasse apenas as suas pinturas, pois acreditava que a arte era a expressão mais íntima do que somos.
Essa não aceitação dentro do mercado de arte gerou muitos problemas financeiros ao longo de sua vida. Ele não conseguia obter dinheiro suficiente com seu trabalho de artista. Para sobreviver dependia das mesadas de seu pai, importante banqueiro da época, ou de contribuições de amigos. Essas ajudas foram cessadas, apenas com a morte de seu progenitor, que lhe rendeu uma herança que o apoiou depois nos anos seguintes.
Atualmente é tido como um importante artista pós-impressionista e que serviu de referência chave aos pintores modernos, tendo suas pinturas expostas em conceituados museus do mundo. Um reconhecimento pós-morte que ainda ronda a realidade de muitos vanguardistas.
Para conhecer +: Filme “Cézanne: Retratos de una vida”
ESPANÕL
Paul Cézanne fue un importante artista francés que vivió entre 1839 a 1906. A lo largo de su trayectoria produjo casi 1.000 pinturas, entre ellas, 200 retratos, que exponían la imagen del propio pintor, familiares, amigos o conocidos. Su esposa, por ejemplo, fue tema de 29 de sus producciones. Estas pinturas traen a la luz la melancolía, la tristeza o las inquietudes de los retratados.
A pesar de que Paul poseía trabajos consistentes y alineados las nuevas técnicas de su tiempo, vio sus obras siendo rechazadas por los Salones Franceses en innumerables momentos. Estas decepciones lo llevaron a vivir cada vez más aislado y daban más fuerza para que se volviera sólo sus pinturas, pues creía que el arte era la expresión más íntima de lo que somos.
Esta no aceptación dentro del mercado de arte ha generado muchos problemas financieros a lo largo de su vida. Él no podía obtener suficiente dinero con su trabajo de artista. Para sobrevivir dependía de las mesadas de su padre, importante banquero de la época, o de contribuciones de amigos. Estas ayudas fueron cesadas, sólo con la muerte de su progenitor, que le rindió una herencia que lo apoyó después en los años siguientes.
Actualmente es considerado un importante artista post-impresionista y que sirvió de referencia clave a los pintores modernos, teniendo sus pinturas expuestas en prestigiosos museos del mundo. Un reconocimiento post-muerte que aún ronda la realidad de muchos vanguardistas.
Para conocer +: Película “Cézanne: Retratos de una vida”
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Picasso – Picabia: A Pintura em Questão

Por: Renata Mello

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Foto montagem: Renata Mello, 2018

PORTUGUÊS

A Fundação Mapfre em Barcelona está com a exposição “Picasso – Picabia: La Pintura en Cuestión”. O foco está em apresentar as semelhanças e diferenças entre estes dois importantes pintores do século XX.

A semelhança destes artistas não está só nos nomes, mas também por possuírem almas inquietas sempre em busca do novo. Cada um a sua maneira contribuiu com obras singulares, alinhadas aos discursos sociais e artísticos de seu tempo e são referencias marcantes dentro do campo da arte.

Ambos dominavam muito a técnica de pintura clássica, mas não se limitavam a esse conhecimento. Exatamente por terem este profundo saber, gostavam de experimentar os diferentes estilos de época, não com o interesse de assumi-los, mas para compreende-los e superá-los.

Vale a pena percorrer a exposição e perceber as variações expressivas de ambos ao longo do tempo.

+ fotos no Instagram: @renatamello.blog

 

Picasso – Picabia: La pintura en cuestión

ESPAÑOL

Por: Renata Mello

La Fundación Mapfre en Barcelona está con la exposición “Picasso – Picabia: La Pintura en cuestión”. El foco está en presentar las similitudes y diferencias entre estos dos importantes pintores del siglo XX.

La semejanza de estos artistas no está sólo en los nombres, sino también por poseer almas inquietas siempre en busca de lo nuevo. Cada uno a su manera contribuyó con obras singulares, alineadas a los discursos sociales y artísticos de su tiempo y son referencias marcantes dentro del campo del arte.

Ambos dominaban mucho la técnica de pintura clásica, pero no se limitaban a ese conocimiento. Exactamente por tener este profundo saber, les gustaba experimentar los diferentes estilos de época, no con el interés de asumirlos, sino para comprenderlos y superarlos.

Vale la pena recorrer la exposición y percibir las variaciones expresivas de ambos a lo largo del tiempo.

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Gauguin: Viagem ao Taiti

Por: Renata Mello

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Foto: Renata Mello, 2018
PORTUGUÊS
O pintor francês Paul Gauguin (1848-1903) foi um importante artista pós impressionista. Sua trajetória é marcada pela paixão a pintura e busca incessante por cenários que valessem ser retratados.  A combinação destes dois elementos motivou Gauguin a mudar sua vida em Paris para o Taiti em 1891.
Essa mudança, no entanto, fez ele deixar sua mulher e filhos para se aventurar de forma solitária na maior ilha da Polinésia Francesa. O filme “Gauguin: Viagem ao Taiti” retrata justamente essa fase da vida do artista, mostrando suas inquietudes, fraquezas e também a ânsia por criar, desenhar e retratar as cores e belezas naturais.
Nesta experiência conhece uma jovem local chamada Tehura com quem vive intensamente algum tempo. Ela passa a ser sua inspiração e foi retratada em muitos dos seus quadros mais conhecidos.
Vale a pena assistir!

 

Gauguin: Viaje a Tahití

Por: Renata Mello
ESPAÑOL
El pintor francés Paul Gauguin (1848-1903) fue un importante artista pós impresionista. Su trayectoria es marcada por la pasión a la pintura y busca incesante por escenarios que valieran ser retratados. La combinación de estos dos elementos motivó a Gauguin a cambiar su vida en París hacia el Tahití en 1891.
Este cambio, sin embargo, le hizo dejar a su mujer e hijos para aventurarse de forma solitaria en la mayor isla de la Polinesia Francesa. La película “Gauguin: Viaje a Tahití” retrata justamente esa fase de la vida del artista, mostrando sus inquietudes, debilidades y también el anhelo por crear, dibujar y retratar los colores y bellezas naturales.
En esta experiencia conoce a una joven local llamada Tehura con quien vive intensamente algún tiempo. Ella pasa a ser su inspiración y fue retratada en muchos de sus cuadros más conocidos.
¡Vale la pena ver!

Toulouse-Lautrec: Moulin Rouge

Por: Renata Mello

Moulin Rouge

Foto: Capa do filme Moulin Rouge (1952)

O pintor francês Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) foi um importante artista do final do século XIX. Nascido em uma família abastada, teve uma boa formação intelectual e conhecimento dos códigos de conduta formais da época. Isso o ajudou no convívio com a burguesia quanto com o proletariado e artistas.

Seu trabalho se destacou por retratar a vida boêmia dos bordéis e cabarés, principalmente daqueles localizados no agitado bairro de Montmartre em Paris. Nesta região se localiza até hoje o famoso Moulin Rouge que na época possuia apresentações de cancan e bailes animados voltados aos burgueses e suas acompanhantes.

Henri costumava ir até o local para beber e captar as cenas cotidianas através dos seus croquis. Esse material coletado a noite, lhe servia de base para a criação de suas pinturas e posteriormente para o desenvolvimento de cartazes publicitários dos espetáculos, que se tornaram muito conhecidos.

Fisicamente o artista se destacava também por sua baixa estatura, decorrente de problemas nos ossos das pernas, que o impediram de ter um desenvolvimento adequado. Essa particularidade física o incomodava e muitas vezes o inibia no contato amoroso. Para suprir esse desconforto emocional, se apoiava muito na bebida. 

O excesso de álcool e a vida intensa de boemia encurtou sua vida, vindo a falecer prematuramente aos 37 anos. Apesar de morrer precocemente, deixou uma obra expressiva, que retrata a intimidade de prostitutas, dançarinas e a vida noturna fervilhante de Paris no final do século XIX. 

Para imergir nesta biografia é possível assistir o filme Moulin Rouge de John Huston do ano de 1952. A obra foi vencedora de 2 Oscar´s (fotografia e direção de arte) e permite uma compreensão da vida e obra deste importante artista francês.

Vale a pena conferir!

Em Foco: Isabelle Borges

Por: Renata Mello

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Foto: Renata Mello, 2018
A artista plástica brasileira Isabelle Borges apresenta uma obra abstrata com forte influência carioca e berlinense devido sua permanência e formação cultural nestas duas cidades.
Seu processo criativo é muito peculiar! Isabelle sempre busca inspiração em um lago localizado em Berlim, onde costuma captar através de fotos, a vegetação que nasce nestas águas. Após esse registro, adota o recurso da colagem, para sobrepor linhas e formas sobre estas fotografias, com o intuito de destacar as principais composições, numa busca incessante de dar ordem ao caos.
Seus trabalhos ora em colagem ora em pintura, trazem sempre a sensação de movimento, numa comunhão entre o tempo e o espaço efêmero. Já suas cores costumam ser sintéticas, como expressa a própria artista. Elas nascem durante um processo muito introspectivo da criadora com sua obra. Nada é premeditado em termos cromáticos. É durante o processo de pintura que as nuances e as cores tomam vida.
Outro ponto marcante de sua produção é que nem sempre suas telas se limitam a este espaço, avançando até os planos arquitetônicos. A foto deste post retrata um exemplo desta conexão entre a arte e a arquitetura e pode ser conferida na exposição “Campos Sintéticos” da galeria Emmathomas até dia 27 de Outubro.
Um trabalho expressivo, que vale a pena conferir!
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Exposição: Harpias XXI

Por: Renata Mello

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Artista: Maria Augusta Justi Pisani – Foto: Renata Mello, 2018

A última quinta (23) foi coroada com a inauguração da exposição “Harpias XXI” no Centro Histórico e Cultural da Universidade Mackenzie – SP. Esta pulsante mostra artística apresenta as inquietudes da alma materializadas em quadros e instalações criados por Maria Augusta Justi Pisani e Fanny Feigenson.

A figura feminina permeia as obras, retratando a fúria e ao mesmo tempo o acolhimento, num processo criativo que busca a harmonia e o equilíbrio após um estado de fúria e desorientação.

Neste sentido a representação da Harpia, figura mitológica grega que retrata uma mulher com garras que busca alinhar e reajustar os desvios de conduta do ser a partir da justiça, aparece como ponto central nos trabalhos e convida o expectador a esta viagem interior de limpeza e purificação. 

Um mostra forte e transformadora!

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Em foco: Elisa Mondè

Por: Renata Mello

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Obra: Greta Kressa – Artista Elisa Mondè 

Foto: Renata Mello, 2018 – Piola Jardins

 

Elisa Mondè é uma profissional de inúmeras habilidades. Muito comunicativa, se expressa através de uma conversa cativante, mas é através de suas obras como artista plástica que deixa sua marca visual.
Nascida no interior de São Paulo, desde muito cedo se apaixonou pela arquitetura das construções antigas, pelas artes visuais e pelo universo da moda, treinando sua percepção para captar texturas e composições formais marcantes do seu dia a dia. 
Sempre  aberta a novos desafios, cria a partir deste somatório de elementos que permeiam seus universos de interesse, resultando em um discurso compositivo que sobrepõem imagens e se conectam ao estilo de Beatriz Milhazes. Como resultado, apresenta quadros cheios de cores, formas e muitas referências de sua história pessoal. Vale a pena conhecer seu trabalho!
Confira + obras da artista no instagram: @renatamello.blog 

Em foco: Beatriz Milhazes

Por: Renata Mello

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Foto: Renata Mello, 2018 – Extraída da capa do DVD “Arquitetura da Cor: Beatriz Milhazes

Beatriz Milhazes, artista brasileira de destaque internacional, possui uma obra muito consistente. Ao longo de sua trajetória profissional, desenvolve trabalhos com resultados plásticos inconfundíveis, a partir de composições formais sobrepostas e cores marcantes.

Suas pinturas abstratas resultam de uma mescla de referenciais. Suas fontes de inspiração estão pautadas principalmente nas belezas naturais, na cultura popular brasileira, com grande destaque ao carnaval carioca e produções de grandes artistas como Mondrian e Matisse.

Durante o processo de composição cromática e formal de suas obras, Beatriz atua como um regente que comanda sua orquestra, como resultado entrega aos espectadores obras que esbanjam cores e que produzem um efeito visual que aguça os sentidos. Sem dúvida, uma artista singular!

Para conhecer mais sobre sua biografia e produções, recomenda-se assistir ao documentário “Arquitetura da Cor: Beatriz Milhazes” disponível em algumas livrarias. Esta obra cinematográfica explicita seu processo criativo e apresenta também o ateliê da artista. Vale a pena conferir!

Gustavo Rosa: Instituto

Por: Renata Mello

O artista plástico Gustavo Rosa, conhecido por seu valoroso trabalho no contexto da arte brasileira devido as composições cromáticas vibrantes, ineditismo na forma humorada e irreverente de expressar personagens e temas do cotidiano, faleceu em 2013.

Para perpetuar suas obras e sua memória, os familiares decidiram criar em 2016, um Instituto que leva o seu nome. A sede localizada no Jardim Paulista, abriga a antiga residência-ateliê do artista. 

O ambiente dialoga diretamente com as produções de Gustavo, apresentando um clima leve, alegre e descontraído. Ao longo da visitação é possível conhecer as diversas fases produtivas do artista através de suas pinturas e esculturas. 

Para conhecer mais, veja algumas obras selecionadas:

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Fotos: Renata Mello, 2018

O Instituto possui inúmeras ações educativas e sociais para trazer a arte ao grande público, estando aberto de segunda a sexta das 9:00hs às 18:00hs e todo primeiro sábado do mês (11-15h). Vale a pena conferir!

 

Artista: Julio Le Parc

Por: Renata Mello
Julio Le Parc, importante artista argentino, neste ano completa 90 anos. Suas produções apresentam diversos tipos de materiais com propriedades translúcidas ou sólidas, associadas ao uso da cor, da luz e do movimento.
Esta mescla de materiais e efeitos, resultam em quadros e instalações que convidam o expectador a interagir e apreender do incrível mundo novo proposto, instigando assim, a criança curiosa guardada no interior de cada um, que se surpreende ao descobrir algo inusitado a cada instante.
Confira alguns registros feitos na exposição “Julio Le Parc: Da forma à ação“, que se encontra no Instituto Tomie Ohtake (SP) até 25 de fevereiro.

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Fotos: Renata Mello, 2018