Live: Arquitetura na 3ª Idade

Por: Renata Mello

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PORTUGUÊS

A arquiteta Renata Mello será entrevistada por Rafael Fujii nesta próxima quarta-feira durante uma LIVE no Instagram. Durante este bate-papo técnico contará como iniciou seus trabalhos neste segmento, mencionará sobre quais áreas foram estudadas para sua especialização no tema e abordará principalmente sobre os parâmetros técnicos a serem contemplados nos projetos de arquitetura de interiores destinados ao público idoso.

Dia: 20/05
Horário do Brasil: 13:30hs
Horário da Espanha: 18:30hs
Idioma: Português
LIVE no Instagram: @estudiomodernaarq

Breve currículo

A paulistana Renata Mello é gestora cultural, professora universitária e arquiteta especializada em cores e acessibilidade, com 19 anos de experiência profissional. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2002, recebeu anos depois o título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma Instituição. Nos anos de 2018 a 2020 residiu em Barcelona para realizar seu segundo mestrado em Gestão Cultural pela Universitat Internacional de Catalunya.
Atualmente regressou a sua cidade natal para ministrar cursos e palestras sobre os campos da arte, arquitetura e administração. Em paralelo, escreve também sobre as novas tendências destes mercados no seu blog pessoal.

Blog: www.renatamello.blog
Instagram: @renatamello.blog

Live: Arquitectura para personas mayores

ESPAÑOL

La arquitecta Renata Mello será entrevistada por Rafael Fujii este próximo miércoles durante un EN VIVO en Instagram. Durante esta charla técnica, contará cómo comenzó su trabajo en este segmento, mencionará qué áreas se estudiaron para su especialización en el tema y abordará principalmente los parámetros técnicos que se contemplarán en los proyectos de arquitectura de interiores para personas mayores.

Día: 20 de mayo
Hora de Brasil: 13:30hs
Hora española: 6:30 pm
Idioma portugués
EN VIVO en Instagram: @estudiomodernaarq

Breve currículum

Renata Mello de São Paulo es una gestora cultural, profesora universitaria y arquitecta especializada en colores y accesibilidad, con 19 años de experiencia profesional. Graduada en Arquitectura y Urbanismo por la Universidade Presbiteriana Mackenzie en 2002, recibió años más tarde el título de Master en Arquitectura y Urbanismo por la misma institución. En los años 2018 a 2020 residió en Barcelona para cursar su segundo máster en Gestión Cultural de la Universitat Internacional de Catalunya.
Actualmente, ha regresado a su ciudad natal para impartir cursos y conferencias sobre los campos del arte, la arquitectura y la administración. Paralelamente, también escribe sobre nuevas tendencias en estos mercados en su blog personal.

Blog: www.renatamello.blog
Instagram: @ renatamello.blog

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Cohousing: Uma alternativa promissora

Por: Renata Mello

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Fonte: Pixabay

Já parou para imaginar como serão os próximos anos de sua vida? Quais pessoas irão morar com você? Que local viverá? Que atividades pessoais e profissionais estará desempenhando? Estas foram algumas perguntas que docentes da UNICAMP se fizeram.

A partir destas inquietudes decidiram pesquisar modelos de habitações que poderiam proporcionar maior qualidade de vida, sem onerar muito nos custos e que ao mesmo tempo ampliasse as relações sociais. Como resultado deste processo descobriram que a modalidade de Cohousing, originária da Dinamarca, é um modelo viável também em terras brasileiras.

As estruturas de Cohousing possuem sempre casas privativas para todos os moradores e uma espécie de clube interno, local onde converge as atividades coletivas, como reuniões, festas e almoços de confraternização, o que estimula a convivência entre as pessoas que ali residem, reforçando muito os laços sociais.

A constituição desta modalidade de moradia, consiste em um primeiro momento, agrupar pessoas com interesses afins e que estão dispostas em residir em “condomínios intencionais”.

Identificado os possíveis moradores, formaliza-se uma associação em que são definidos em grupo, as regras que estarão vigentes no residencial. No caso brasileiro, a primeira Cohousing ainda está nesta fase de formalização, mas já foi batizada de Vila ConViver.

Num segundo estágio adquiri-se um terreno que atenda a demanda desta comunidade. Após definido o local, todos os envolvidos corroboram no desenvolvimento do projeto arquitetônico junto de profissionais da construção.

Além do projeto arquitetônico possuir uma co-participação de todos os envolvidos, as demais definições operacionais e de manutenção seguem a mesma prática democrática.  Todos os residentes possuem o mesmo poder de decisão, não havendo hierarquia dentro desta estrutura. Outra característica comum deste modelo é que os integrantes pagam uma taxa mensal, destinada a manutenção das áreas verdes e edificações comuns.

E quais são as vantagens de viver em uma Cohousing?

As vantagens de optar em viver em uma Cohousing é a construção de uma rede de parceiros e amigos que compartilham as alegrias e as tristezas naturais da vida, o que enriquece a experiência humana. Os integrantes costumam ter diversas idades, permitindo a troca intergeracional. No caso brasileiro, o primeiro conjunto será destinado a idosos, mas esse modelo, não é necessariamente o padrão. O fator econômico também se destaca como uma vantagem, pois os gastos coletivos são distribuídos igualmente entre todos, suavizando as despesas no final do mês.

Sem dúvida, um modelo muito convidativo de morar!

Nota: As informações desta matéria foram baseadas nas palestras de Laura Fitch e de Sérgio Mühlen (Vila ConViver) apresentadas durante o “1°Fórum de Moradia para a Longevidade” promovido pelo Secovi, Estadão e Imaginare no dia 9 de Novembro em São Paulo.

Vila Dignidade: Habitação para idosos

O Programa Vila Dignidade consiste na oferta de casas térreas a idosos independentes no Estado de São Paulo, atendendo aos preceitos da acessibilidade e da sustentabilidade.

Por: Renata Mello

Foto: Renata Mello, Caraguatatuba, 2015.

As vilas destinadas aos idosos estão sendo implantadas em cidades no interior do Estado de São Paulo, com o intuito de atender a uma demanda crescente de pessoas com 60 anos ou mais. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do governo do Estado de São Paulo é a responsável pela construção desses locais, em parceria com as municipalidades.

Para residir nesses empreendimentos, os longevos devem morar sozinhos, ter independência na realização das atividades da vida diária, morar pelo menos dois anos no município do conjunto e não apresentar fortes vínculos com as bases familiares.

As casas ofertadas possuem sala integrada a cozinha e a área de serviço, além de quarto e banheiro que atendem as exigências da norma de acessibilidade, NBR 9050 da ABNT, tanto nas áreas de circulação e espaços de aproximação e uso de móveis e equipamentos, quanto nos materiais, como pisos antiderrapantes e barras no banheiro. Buscaram também racionalizar os processos construtivos, para ganhar em prazo e promover uma obra mais limpa e sustentável.

A cidade de Caraguatatuba recebeu um desses conjuntos, que foi construído em local de fácil acesso, próximo a rodoviária e de outros equipamentos públicos de lazer e saúde da cidade. Dentro da própria vila instalaram um Centro de Convivência, áreas ajardinadas e uma horta, para estimular o convívio entre os moradores e melhorar o bem-estar.

Além da acessibilidade nas unidades e áreas comuns, esse empreendimento, contou com o sistema construtivo, Steel Frame, em que chapas de OSB foram fixadas nos perfis leves e receberam lã de vidro ou de rocha para melhorar o conforto térmico e acústico e como acabamento final instalaram réguas horizontais de siding vinílico. Além disso, placas fotovoltaicas foram locadas na cobertura para o aquecimento da água e sistema economizador de água colocado nas torneiras. Devido a salinidade os perfis das esquadrias foram em alumínio para dar menos manutenção e ampliar a vida útil do empreendimento.

Reflexão final: O número de idosos está crescendo de forma acelerada no Brasil e as políticas públicas devem pensar em novas formas de atendimento a essa camada da população. A construção de casas populares, acessíveis e salubres podem beneficiar nesse processo de envelhecimento com qualidade e o projeto Vila Dignidade é uma resposta inicial a essa questão. A solução ideal seria buscar uma integração geracional, em que crianças, jovens, adultos e longevos pudessem conviver e trocar suas experiências de vida, talvez esse seja o próximo passo.