A arquitetura hospitalar tem se transformado ao longo dos séculos. Antes eram grandes salões com camas lado a lado onde os doentes eram tratados pelos médicos e assistentes. Ao longo do século XX os ambientes de saúde foram se transformando em espaços mais privativos, porém impessoais e frios. Nos últimos 20 anos este cenário tem sofrido novas alterações em decorrência da tecnologia e avanços em pesquisas que comprovam os impactos positivos sobre a recuperação das pessoas em condutas e locais mais humanizados.
Dentro deste panorama, cheios de desafios aos arquitetos que reformam ou desenvolvem novas instalações em edifícios ligados a saúde, foi desenvolvido o livro “Luz na Arquitetura Hospitalar” de autoria da Neide Senzi que discute a importância da iluminação no contexto da humanização destes ambientes.
O lançamento desta publicação ocorreu dia 11 na loja da Puntoluce Gabriel contando com a palestra da autora e seus convidados Siegbert Zanettini e João Carlos Bross que tiveram participação especial nesta edição.
Como resultado das apresentações realizadas por esta equipe de gabaritados profissionais, é possível dizer que: os novos rumos da arquitetura voltada a saúde estão ligados ao equilíbrio entre a razão e a sensibilidade. O processo construtivo deve ser cada vez mais industrializado e otimizado, enquanto os ambientes resultantes devem emocionar e permitir maior flexibilidade de uso, conforme as necessidades e preferência dos usuários.
Neste contexto, o projeto de iluminação artificial deverá contemplar a criação de cenas mais aconchegantes e outras mais eficientes a prática de procedimentos. Já a iluminação natural deve ser reinserida dentro destes espaços, inclusive nas unidades de tratamento intensivo. Tal medida, permitirá que o ciclo natural do organismo seja restabelecido, melhorando a vida dos que trabalham e dos pacientes que permanecem grandes períodos dentro dos hospitais.
Os desafios não se encerram na iluminação, uma vez que a telemedicina, a robótica em cirurgias e outras inúmeras novidades estão crescendo dentro desta temática, mas é certo que as condutas e locais serão mais humanizados. O futuro está sendo desenhado, mas os arquitetos deverão estar cada vez mais conectados as novas transformações.